Florentino garante que a Superliga "não morreu": "Há contratos vinculativos, de gente séria"
Presidente do Real Madrid refere que o projeto de criação da competição ficou em "stand-by".
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A Superliga Europeia não morreu. Esta foi a ideia vincada por Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e um dos principais impulsionadores do projeto, em entrevista ao programa "El Larguero", da Cadena SER, na noite de quarta-feira, dia em que vários clubes anunciaram a desistência do grupo de clubes fundadores.
"Está em stand-by, existe. Metade dos clubes afastaram-se ao ver tudo o que se passou. A Juventus e o Milan não abandonaram. Estamos todos juntos, o Barcelona está a refletir. O fundamental é que os jogos tenham a atenção de toda a gente, sobretudo dos jovens entre os 16 e os 24 anos. 40 por cento dessa faixa etária não vê futebol. Se tiveres um jogo muito bom, atrais essa juventude, que vê futebol em vez de ir jogar consola", começou por referir Florentino, que fala em "contratos vinculativos":
"Assinámos um de cada vez e são vinculativos. Por que haveria de enganar alguém? Ações legais? Nada disso. Não se pode abandonar um contrato assim... São contratos vinculativos, de gente séria, empresários que conhecem este mundo. A primeira coisa que acordámos foi parar para pensar que, quiçá, deveríamos ter começado de outra forma. Estamos abertos a ideias. O que há a fazer é criar outra competição que produza muito dinheiro", acrescentou o líder do Real Madrid, que dá o exemplo do... ténis.
"O futebol mantém-se vivo por causa dos clubes grandes. O ténis mantém-se vivo à conta dos grandes jogadores. O fenómeno Messi foi bom para o futebol espanhol e para o futebol mundial. Que alguém nos dê outro formato para gerar dinheiro, caso contrário o futebol morre", rematou Florentino Pérez.