Daniel Carriço perdeu o comboio do grande torneio, mas a O JOGO admitiu que procurou preparar-se para o pior.
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Como se sente um jogador que ganha três edições seguidas da Liga Europa e não é chamado para o Europeu?
-Custa sempre ficar no sofá, ainda para mais quando todos os dias vemos o Europeu pela televisão. Não estar numa prova tão importante, claro que me deixa triste, mas estou de férias e tento abstrair-me disso e aproveitar o tempo livre para voltar em grande ao ativo.
Não pensa no que poderá ter falhado, se lhe faltou fazer algo mais para justificar uma chamada?
-Não. Sinto que cumpri o meu dever e tenho orgulho no que fiz nos últimos três anos. Foi quando mais evoluí como jogador e conquistei títulos. Criei o meu nome. Sinto orgulho, mas cabe a outros decidir e só tenho de respeitar.
É daqueles que sofrem ainda mais por ficar de fora quando vê os jogos?
-Sofrer sempre e muito quando não faço parte de opções, seja onde for. Em clube ou Seleção. Quero sempre ajudar, dar um contributo. Eu sou dos que querem estar sempre lá dentro a dar tudo o que pode, a dar o melhor para auxiliar.
Estava à espera de não ir ao Europeu ou foi um choque? Quando a notícia saiu, o que sentiu naquele instante?
-Procurei preparar-me para as duas situações. Tenho anos disto e sabia o que poderia passar-se. Preparei-me mentalmente para as duas hipóteses, de modo a defender-me. Já me estava a fortalecer interiormente, mas claro que fica sempre uma tristeza. Nestes últimos três anos aprendi a ser positivo, muito também pelo Unai Emery. Ele levanta-nos sempre o ânimo e encara a vida de modo positivo. Isso tem-me ajudado bastante. Encarar a vida com positivismo.