Final do Euro'2024: Espanha testa a maldição de Harry Kane e de Inglaterra
Capitão inglês corre pelo seu primeiro troféu coletivo numa seleção sem vitórias em Europeus. Rival já ganhou por três vezes
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O Estádio Olímpico de Berlim é o palco da final deste domingo do Campeonato da Europa, um jogo que irá consagrar a Espanha como a primeira tetracampeã europeia ou a Inglaterra como estreante vencedora.
A Espanha chega à decisão depois de seis triunfos e deixando Alemanha e França, além da Geórgia, pelo caminho. Inglaterra já esteve à beira da eliminação mas está em crescendo e tem talento a rodos.
Após seis partidas disputadas por cada uma, a Roja reúne algum favoritismo, sobretudo pela forma impressionante como tem sido capaz de aliar bom futebol e resultados positivos. A atual campeã da Liga das Nações - o primeiro título sénior do selecionador Luis de la Fuente que já havia conhecido o sucesso nos sub-19 e sub-21 - tem um percurso imaculado de seis vitórias, tendo já igualado o registo da Espanha que ganhou o Euro’2008, e que pode superar.
Do lado inglês, a caminhada foi tudo menos tranquila e Gareth Southgate e seus jogadores tiveram de lidar com muitas críticas, nomeadamente da imprensa e adeptos. Após uma fase de grupos com um triunfo e dois empates, a equipa dos Três Leões esteve a segundos de cair frente à Eslováquia. Valeu uma bicicleta de Bellingham a levar o jogo para prolongamento onde Kane decidiu. O capitão é jogador extraordinário e corre este domingo para vencer o primeiro título coletivo na carreira, um “borrego” que nem no Bayern conseguiu matar. Também Southgate, que tem sido mais perspicaz e corajoso nos últimos jogos - exemplo disso foi a substituição de Kane por Watkins frente aos Países Baixos, com o último a decidir -, procura o seu primeiro troféu e tendo na memória a final perdida há três anos, perante a Itália, em Londres.
Luis de la Fuente já venceu a Liga das Nações, em 2023, com a Roja, tendo ainda conquistado um Europeu de sub-21 e outro de sub-20. Southgate, por sua vez, busca a primeira conquista
De um lado, teremos uma equipa onde a juventude e irreverência de Nico Williams e de Yamal, um prodígio que ontem celebrou 17 anos, casam na perfeição com Rodri, Fabián Ruíz ou Dani Olmo, só para citar os que mais se têm destacado na Espanha. Do outro, também não falta o talento à Inglaterra. Bellingham, Saka, Foden e Palmer são os maiores exemplos, mas a consistência de Rice e da defesa também merece realce. Mais madura e menos espectacular, é uma seleção que, percebe-se, ameaça finalmente quebrar a maldição que dura desde o Mundial’1966.
A Espanha recupera os castigados Carvajal e Le Normand, que disputa vaga no onze com Nacho; na Inglaterra a dúvida é se regressa ao 4x2x3x1 ou fica num 3x4x2x1.