Filipe Luís: "Enfrentar Jesus e Simeone? A parte boa é que eu conheço-os..."
Treinador do Flamengo em entrevista concedida à FIFA, sobre o Mundial de Clubes
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Mundial de Clubes: "Como jogador, tive a possibilidade de disputar todas as competições possíveis: Mundial [FIFA], Mundial de Clubes [FIFA], a Taça Libertadores [CONMEBOL], Liga dos Campeões [UEFA], campeonatos, Taças e campeonatos nacionais. E, claro, um campeonato novo como o Mundial de Clubes da FIFA eu não tive a possibilidade de disputar como jogador, porque não existia. Estou a ter a oportunidade de disputar como treinador e a liderar o clube do meu coração, o clube que eu amo, o clube em que me aposentei. E os jogadores, são os jogadores que me representam e representam toda esta nação. É um privilégio muito grande estar a disputar a competição e espero que possamos fazer um grande campeonato, porque acredito que temos um grande plantel para isso."
Enfrentar o Chelsea: "É especial, porque conheço muita gente lá. É um clube que me recebeu super bem e eu tive a possibilidade de conquistas dois títulos importantes, Premier League e a Taça de Inglaterra. Fui muito bem tratado, muito bem recebido por todos os adeptos e também por todos os funcionários do clube. Tenho muitos amigos lá, essa é a parte boa. Agora, a parte do treinador, não é a mesma sensação de um jogador ao reencontrar o clube. Nós temos a intenção de fazer um bom trabalho, para deixar tudo preparado para os jogadores, para que eles possam sentir-se confortáveis dentro de campo. E que possamos fazer um grande jogo, porque o Chelsea tem uma equipa excelente. É uma das melhores equipas da Europa e jogam do melhor futebol. É [um estilo] dominante, têm a bola, gostam de propor jogo, pressionam alto. Vão causar muitas dificuldades de certeza."
Lembranças do Mundial de 1994: "Tenho uma lembrança muito forte, muito viva, dessa final do tetra contra Itália [1994]. Quando foi para os penáltis, toda a minha família de mãos dadas, a rezar, na casa da minha avó. Eu tenho essa lembrança viva. E depois tive a oportunidade de tornar-me amigo de muitos deles. Em deles é o [Claudio] Taffarel. Criei uma amizade muito grande com ele. Depois também tive a oportunidade de jogar no estádio da final, na Copa América de 2016, nos Estados Unidos. Penso sempre que o futebol proporciona momentos únicos e é um privilégio muito grande poder viver todas estas possibilidades que o futebol nos oferece. Voltar para os Estados Unidos, encontrar os nossos adeptos, jogar uma competição mundial e fazer história. Sinto-me com muita sorte de poder participar deste momento."
Como se define como treinador: "Um trabalhador. Ambicioso. Quero sempre chegar longe em tudo o que faço. Dedico-me muito para isso, trabalho muitas horas e tenho um objetivo claro na minha vida, um sonho claro. E vou sempre na perseguição desse sonho. Nada me pára até esgotar todas as possibilidades que tenho para chegar onde quero. E como treinador, ainda sou um principiante, mas estou a trabalhar muito para poder desenvolver-me."
Possibilidade de enfrentar os mentores Jorge Jesus e Diego Simeone: "Seria muito especial enfrentá-los. A parte boa é que eu conheço-os e eles ainda não conhecem como eu trabalho. Mas eu conheço bastante como eles trabalham. Mas isso… Jogar contra esses treinadores, como Simeone e Jorge Jesus, que foram os homens que realmente me inspiraram para poder hoje estar aqui onde eu estou... Principalmente o Simeone. Foram oito anos com ele, teve uma influência e um impacto muito grandes na minha vida. Para mim seria especial poder jogar contra ele."