Filipe Gouveia aborda o sucesso da passagem pelos sauditas do Al-Hazm, obreiro da promoção ao campeonato onde moram estrelas como CR7
Corpo do artigo
Aos 50 anos, Filipe Gouveia vai comemorando a subida do Al-Hazm à primeira divisão saudita, num feito valioso para a sua carreira, acontecendo já depois de outras experiências no país agora assaltado pelo estrelato de Cristiano Ronaldo.
"É uma subida importante num contexto nada fácil. Se formos a ver estamos a falar de um campeonato onde só três treinadores não foram despedidos e muitos clubes chegam a ter três ou quatro técnicos. A minha equipa anterior, o Al Jabalain já vai em onze treinadores em dois anos. É muito fácil sermos despedidos", aclara Gouveia, que teve último trabalho em Portugal na Liga 2, ao serviço do Vilafranquense.
"Com um intervalo são três épocas na Arábia Saudita e posso carregar esse orgulho da equipa técnica nunca ter sido despedida. A conquista da subida é uma marca que fica, sela um trabalho, um ferro nesta trajeto. É algo consumado, agora é desfrutar e festejar", assegura o antigo médio, campeão pelo Boavista, treinador desde 2010/11, treinando na Liga a Académica.
16385849
"Vamos analisar tudo, ver que clubes estão interessados e estudar a possível continuidade aqui. Agora é mais importante relaxar, tratou-se de uma época desgastante fruto de vários problemas, o que é normal aqui. Mas tudo acabou bem", realça o Filipe Gouveia, pouco crente num regresso a Portugal nesta fase.
"É sempre uma possibilidade para poder estar perto da minha família, aconteceram coisas difíceis na minha vida pessoal. Se aparecer um projeto credível estarei interessado. A nível monetário não vai dar para comparar mas tenho de pesar a parte sentimental e familiar", admite, apalpando o cenário.
"Se aparecer um projeto de primeira é ideal, mas há projetos sustentáveis na segunda divisão. Tenho, sobretudo, consciência que não será fácil regressar a Portugal", sublinha Gouveia, que dedica a proeza alcançada ao falecido pai.
16386338