Figuras do desporto iraniano pedem a exclusão do país do Mundial do Catar
Alguns antigos futebolistas da seleção no grupo que enviou carta à FIFA a pedir para suspender a seleção orientada por Carlos Queiroz: "A FIFA tem de escolher um lado, é altura de tomar medidas"
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Um grupo de atletas iranianos, entre os quais estão alguns antigos internacionais da equipa de futebol daquele país (são conhecidos os nomes dos já retirados Mehrdad Pooladi e Behshad Yavarzadeh), enviaram uma carta à FIFA - através de uma firma de advogados espanhola - a pedir "a suspensão" do Irão do Mundial do Catar "com efeitos imediatos".
"A brutalidade e o conflito do Irão em relação ao seu próprio povo chegaram a um ponto de inflexão, exigindo uma dissociação inequívoca e firme do Mundo do futebol e do desporto. A abstinência histórica da FIFA em relação a problemas políticos muitas vezes só foi tolerada quando essas situações não se metastatizam na esfera do futebol... O futebol, que deveria ser um lugar seguro para todos, não é um espaço seguro para mulheres ou mesmo homens. A FIFA tem de escolher um lado. A neutralidade para a FIFA não é uma opção, dado que a federação iraniana não foi neutral, mas sim mobilizou-se para enfatizar a opressão e a sistemática exclusão das mulheres do ecossistema do desporto. Jogadores da seleção como Hossein Mahini, Aref Gholami e os proeminentes Ali Karimi e Ali Daei, foram alvos de encarcelamento, assédio ou ameaças do governo. É altura de a FIFA tomar medidas; basta!", refere o comunicado.
O Irão está no grupo de Inglaterra, Estados Unidos e País de Gales.
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