FIFA limita comissões de empresários a dez por cento de cada negócio a partir de 2022/23
Organismo que tutela o futebol mundial introduziu, também, um limite adicional de três por cento do salário se o agente servir o emblema comprador
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A FIFA estipulou, a partir da próxima temporada (2022/23), um limite de dez por cento às comissões recebidas por agentes de futebol caso represente o clube vendedor, com o intuito de mitigar as "excessivas e abusivas" percentagens associadas.
"O feedback dos principais intervenientes com conhecimentos, tais como a ECA [Associação Europeia de Clubes] e a Premier League, apontaram claramente a necessidade de assegurar que todas as formas de taxas de serviço sejam limitadas para evitar a evasão e para assegurar que o limite seja eficaz", lê-se no relatório da FIFA.
O organismo aplicou o limite ao montante que um agente pode acumular como taxa pela transferência concretizada e introduziu, também, um limite adicional de três por cento do salário do futebolista se representar o clube comprador.
Como justificação, a FIFA nota que os agentes "são muitas vezes pagos com base em taxas fixas e pelo clube envolvido", o que significa que a "não fixação de um limite máximo para as taxas fixas permite práticas abusivas e excessivas" nas negociações.
Desde o início de 2021, conforme número divulgados pela FIFA na passada quarta-feira, os agentes ganharam mais de 442 milhões de euros, o que representa um aumento de 0,7 por cento em relação ao ano passado, sendo que os clubes europeus representam 95,8 por cento do total gasto em "taxas de serviços de intermediários".
A lista é liderada por clubes de Inglaterra (118 milhões de euros), sendo seguidos por emblemas da Alemanha (74 milhões), de Itália (64 milhões), de Espanha (30 milhões), de França (26,5 milhões) e, por fim, de Portugal (25 milhões).
Apesar deste aumento de comissões pagas a agentes de futebol, os valores associados às transferências de futebolistas caíram 13,9 por cento em 2021 por comparação a 2020, consequência essa dos impactos criados pelo contexto pandémico.