Clube londrino arrisca ficar impedido de transferir jogadores por uma ou mais janelas de mercado. Decisão deve estar para breve, aponta a imprensa britânica
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Uma investigação que a FIFA está a fazer ao Chelsea pode redundar numa proibição de o clube londrino efetuar transferências por uma ou mais janelas de mercado. Em causa estão mais de uma centena de transferências internacionais de jogadores menores de idade que o organismo mundial quer saber se violaram as regras por si estabelecidas. O caso, revelado pelo diário britânico "The Guardian", foi espoletado no início de 2017, através de uma análise ao sistema de registo de transferências internacionais, o TMS (Transfer Matching System), que detetou 25 casos potencialmente irregulares.
Com a entrada em ação do Comité Disciplinar da FIFA, os "blues" tiveram de abrir os seus registos. Da sua leitura resultaram muitos outros casos suspeitos, ao longo de vários anos. Será este comité a decidir se o Chelsea será punido e em que medida, sendo que depois terá a possibilidade de recurso para a própria FIFA e depois para o TAS, se necessário.
As leis do organismo mundial estipulam que menores de 18 anos só podem ser objeto de uma transferência internacional no caso de acompanharem os pais numa mudança de país por motivos não relacionados com o futebol - quantas vezes a regra já foi subvertida! - ou se o novo clube estiver sedeado a 50 quilómetros da fronteira do país de origem do menor. A exceção contemplada pela FIFA diz respeito a transferências de menores entre os 16 e os 18 anos em países da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu.
A defesa do Chelsea sustenta-se em que a maioria destes cem casos foram jogadores que estiveram a treinar à experiência na academia e que acabaram por não assinar. Para estes casos não há legislação e, defende o emblema londrino, é prática comum por toda a Europa pelo que não deverão constar da decisão final. Aqueles que assinaram estavam em conformidade com as regras da FIFA, acrescenta.