Em entrevista à revista Welwoche, que o distinguiu como "Suíço do ano", o presidente suspenso da FIFA falou do "rude golpe" que lhe foi imposto pela Comissão de Ética e que, em circunstâncias normais "não teria aceite".
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Joseph Blatter, presidente suspenso da FIFA, garante que "não perdeu o sentido das realidades" e que "nunca violou qualquer regra, seja ética ou jurídica, em 40 anos no organismo internacional do futebol. Em entrevista divulgada, esta sexta-feira, pela revista suíça de língua alemã Welwoche, que o indica como "Suíço do ano", Blatter enfatiza: "Não perdi o sentido das realidades, não tenho um Ferrari, apenas sou coproprietário de um barco a pedais no lago de Zurique".
Segundo o Wewlvoche, Blatter, de 79 anos, que já "merecia a escolha [de personalidade nacional] há anos", apareceu para a entrevista ainda debilitado, pela recente hospitalização causada por stress, mas "combativo" e desejoso de "lutar até ao fim".
Blatter considera que a sua suspensão "foi um rude golpe" e que "a recuperação ainda não foi total". Para ele, a Comissão de Ética da FIFA "não pode ir além de uma decisão democrática do Congresso".
"Se ainda estivesse em condições de pensar de maneira lógica naquele momento, teria recusado a suspensão, não teria aceitado a decisão, mas estava tão chocado, esmagado, humilhado que não mostrei qualquer reação, nem mesmo de tristeza, não tive lágrimas", disse.