Buffon, guarda-redes da Juventus, abordou o jogo com o Sporting. Com boa disposição também.
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Jogar com essa idade quando Julio Cesar e Casillas são suplentes: "O meu segredo é ser muito amigo do presidente, isso ajuda muito a jogar a titular. O outro é aquilo que faço no campo, ou seja, durante a semana, durante os treinos, dar as respostas que o treinador espera de mim enquanto guarda-redes, que tem o seu papel na equipa".
Iam sofrendo o 2-2 perto do final: "Não é que no jogo da primeira volta não estivéssemos concentrados. Conhecíamos a importância da partida e entrámos em campo com a consciência disso. Depois da derrota com o Barcelona todos os jogos tornaram-se decisivos. O Sporting é um adversário que tem valor. É uma equipa que nos colocou dificuldades, tal como fez contra o Barcelona. Tem um plantel com jogadores muito experientes e ganharam o primeiro jogo, na Grécia. Têm força, motivação e são uma equipa difícil de vencer para qualquer um, não só para nós. Quando se joga a este nível é normal ter essas dificuldades"
Conversas com Higuaín e Dybala: "Não faço as coisas de forma calculada, mas sim no momento. Deixo-me levar pelos sentimentos. Aquilo que eu disse ao Higuaín depois da Udinese foi que, durante o jogo, senti-me muito entusiasmado porque ele estava a lutar muito e era quem estava a dar o sinal mais positivo à equipa. Foi isso que eu quis reconhecer, sabendo que ninguém o podia sublinhar. Em relação ao Dybala não há nada a dizer. Fez um início de época extraordinário e nos últimos 10 dias não conseguiu estar em pleno, o que é humano"
Empate pode ser bom resultado? "Penso que em todas as partidas, os protagonistas começam sempre a dar o máximo e, durante o jogo, isso pode ser reavaliado. A intenção inicial é de entrar em campo com ambição e, ao longo do jogo, veremos se é possível ir mais longe ou não"
Patrício contra Buffon: "O prémio ao Rui foi um merecido, porque ele fez um grande Europeu, juntamente com toda a sua equipa. Poucos pensavam que Portugal pudesse chegar ao título. Como todas as grandes equipas que vencem grandes competições, o papel dos guarda-redes é decisivo. O Patrício fez um grande europeu e é um guardião fiável e de nível internacional há muitos anos"
Como reage às críticas às exibições da Juventus? "Há sempre aspetos que podem ser melhorados. É isso que faço quando ouço críticas, procuro analisar de forma séria e ver o que de facto se pode melhorar. Não gosto é de golpes baixos sem qualquer veracidade. Não creio que as críticas tenham sido corretas. Basta ver os números: nos primeiros 13 ou 14 jogos que fizemos: vencemos 10, empatámos uma e perdemos duas... não se pode dizer que há muitos problemas. Há equipas no campeonato melhores que nós, mas isso só enaltece o momento extraordinário deles"
Jogo com o Milan: "Espero que a equipa seja inteligente e consciente. Há partidas que nos permitem ser um pouco menos prudentes e há outras equipas a que não nos podemos dar a esse luxo. É preciso compreender a dificuldade de cada jogo. Em Milão percebemos que um metro a menos no ataque nos permitiu ganhar"
O que teme para o jogo com o Sporting? "O risco deve-se sobretudo ao valor do adversário. E não é coisa que possa ser desvalorizada. Não gosto de falar de erros porque penso em coisas negativas. Devemos pensar em coisas positivas e no que se deve fazer, como uma exibição séria e viril. A equipa deve estar unida e mostrar as suas qualidades, que são de alto nível. Se fizermos isso estamos mais perto da vitória"
Segredo da longevidade? Sinceramente, nos últimos, quatro ou cinco anos tenho-me mantido no mesmo nível. Diferente daquilo que está no BI. Se há anos me sentia melhor? Não, sinto-me igual. E isto é algo que devo aos treinadores, aos que me estimulam e motivam da forma mais correta e aos que me ensinaram a trabalhar sem olhar para o BI. O plano é acordar de manhã, ir para o centro de treinos e dar o meu melhor pela equipa e por mim próprio"