Desde que tomou a Seleção em mãos, em 2014, o técnico apadrinhou 32 elementos. As insígnias de Cinco Quinas que tem "dado" aumentam frente à Holanda.
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O selecionador nacional Fernando Santos deixou bem definido ao que vinha mal chegou ao comando de Portugal - a 11 de outubro de 2014, estreou-se com uma derrota por 2-1, face a França. Fez debutar João Mário e Cédric, recuperando para esse jogo os quatro proscritos de Paulo Bento - Danny, Quaresma, Ricardo Carvalho e Tiago - e dando a entender que a Seleção era espaço onde existia a oportunidade de os selecionáveis mostrarem o seu valor e onde a idade nunca seria obstáculo quanto à escolha - este quarteto tinha mais de 30 anos -, mas sim a qualidade e o compromisso. Quarenta e seis jogos depois, Fernando Santos já convocou 70 jogadores - Rolando e Mário Rui foram os últimos a chegar - utilizou 61 e promoveu a estreia de 31 pela equipa principal. Atualizando: o número de "afilhados" sobe para 32 com a chamada de Mário Rui para o onze titular com a Holanda.
Contudo, Fernando Santos nunca se deixou condicionar por caras novas na Seleção. Basta recordar o que disse antes dos particulares de novembro passado com a Arábia Saudita e os Estados Unidos: "Isto não é uma festa, há aqui um jogo de futebol. E estamos a preparar um Mundial."
Lançando as bases para o futuro, a média de idade destes 31 jogadores é de 25,2 anos - no Europeu de França conquistado por Portugal em 2016, a média era de 27,87 anos - e se atentarmos ao quadro de estreias é no sector mais recuado, com a baliza incluída, sobretudo na zona central onde figuram seis novidades, que Fernando Santos mais caras novas lançou - foram 15 dos 31 debutantes. E diga-se que, para já, apresentando bons resultados.
Na baliza, Rui Patrício secou toda a concorrência e Beto e Anthony Lopes são as opções mais previsíveis de Fernando Santos, que para as faixas laterais arranjou, logo no ano de estreia, duas soluções sólidas - Cédric e Raphael Guerreiro - e uns passos mais à frente suplentes credíveis. Mas é no meio da defesa onde a procura de soluções parece mais complexa. O engenheiro já promoveu seis estreias, Rúben Dias e Rolando são os próximos a entrar no laboratório, mas sem grandes resultados práticos para o sector que se apresenta como o mais perene da Seleção. José Fonte foi o único dos seis a pegar de estaca. Os restantes apenas somaram um jogo cada.
Na zona nevrálgica do terreno, Fernando Santos também lançou as sementes para um futuro risonho. Deu oportunidade a sete elementos e a maioria marcará presenças nas próximas convocatórias.
No ataque, se já sabemos que Cristiano Ronaldo está para durar e não se vislumbra um substituto à sua dimensão, o melhor selecionador do mundo de 2016 também criou as bases para uma transição pacífica, mas sólida. Com sete dos nove estreantes a revelarem condições firmes de singrar com as Quinas ao peito.
Obras do engenheiro
Nome/idade/ano de estreia
Guarda-redes
Anthony Lopes 27 2015
Marafona 30 2017
Lateral-direito
Cédric 26 2014
Nelson Semedo 24 2015
João Cancelo 23 2016
Ricardo 24 2015
Defesa-central
José Fonte 34 2014
Paulo Oliveira 26 2015
André Pinto 28 2015
Ricardo Ferreira 25 2017
Edgar Ié 23 2017
Carriço 29 2015
Lateral-esquerdo
Raphael Guerreiro 24 2014
Kévin Rodrigues 24 2017
Tiago Gomes 31 2014
Mário Rui 26 2018
Médio -defensivo
Danilo 26 2015
Rúben Neves 21 2015
João Mário 25 2014
Adrien Silva 29 2014
Renato Sanches 20 2016
Médio-ofensivo
André André 28 2015
Bruno Fernandes 23 2017
Avançado
Bernardo Silva 23 2015
Gelson 22 2016
Rony Lopes 22 2017
Ukra 30 2015
Gonçalo Guedes 21 2015
Bruma 23 2017
André Silva 22 2016
Lucas João 24 2015
Gonçalo Paciência 23 2017