Fernando Santos explica lesão de Danilo: "Foi ao hospital por precaução..."
Declarações de Fernando Santos, selecionador nacional, em conferência de Imprensa de antevisão ao jogo de segunda-feira, com o Uruguai (19h00), a contar para a segunda jornada da fase de grupos do Mundial.
Corpo do artigo
Lesão de Danilo: "É daqueles lances que ninguém conseguiu perceber, estávamos treinar bolas paradas defensivas, no meio de uma embrulhada ele de repente gritou. Estava lá perto, fomos ver o que se passava, não parecia nada de especial, ele ficou com dificuldades de respiração, mas acabou por recuperar e achamos que não seria nada importante. Foi ao hospital por precaução, a conclusão foi essa... Vamos esperar com naturalidade, ver como vai evoluindo. Pelo que os médicos me informaram, vamos esperar. Temos três centrais, outros jogadores que podem fazer a posição se for preciso. Não podemos ficar a chorar ou fazer um drama, isto é o futebol. Estamos tristes por ele, em primeiro lugar e acima de tudo por ele. Como seria com qualquer outro. Os jogadores vieram tão focados, tão concentrados e é como pessoa que custa mais. Ter uma lesão num Mundial, espero que não seja impeditiva até ao fim. Agora há que aproveitar alguma coisa positiva, pela força que ele nos transmite. E também se calhar de cada um, pela força que oferece aos portugueses."
Comparação com 2018: "Temos de pensar que Cavani e Suarez tinham menos cinco anos. Eles continuam, continuam a ser jogadores de enorme qualidade, sem dúvida. Era uma grande equipa, a da Rússia e esta também. Com alguns valores divergentes, a maioria esteve na Rússia, não estavam Valverde, Darwin, De La Cruz. Não estava o Pellistri, mas há jogadores de enorme qualidade. A matriz de jogo não mudou assim tanto, mudou um jogador ou outro. Darwin mais profundo, mais potente, Cavani e Suárez eram muito potentes, uma equipa que evolui em 4x4x2, mas que mudava um pouco a defender. O Valverde entra muitas vezes no apoio a esses dois homens, fazem uma frente e cinco jogadores. Não me parece muito distinta, é uma equipa muito forte em termos de qualidade técnica, bem equilibrada nos vários momentos, que sabe o que quer e que depois tira proveito das características dos jogadores. O ataque à profundidade, ataque rápido, colocando a bola nas costas do adversário, continua a ser muito perigosa a nível dos cruzamentos... É também uma equipa que precisa de ter muita atenção, na organização defensiva parece que permite ao adversário que possa jogar. Quando os jogadores vão é para ganhar, é uma equipa agressiva, parece-me estratégia para que o adversário embale. Não vejo tantas diferenças em relação a 2018. Vai ser um grande jogo, como foi em 2018. O Uruguai ganhou, mas podia ter perdido. O jogo foi muito equilibrado e pode correr para o lado de Portugal."
15392661
15391743