Fernando Santos: "Em 2016 perdemos com a Bulgária e diziam que não íamos fazer nada ao Euro"
Selecionador relativiza a importância dos resultados dos jogos de preparação e alerta para os perigos do jogo com a Hungria, na primeira jornada da fase de grupos do Europeu.
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Resultado contra Israel pode mudar a forma de pensar do treinador? "Aos portugueses pode colocar essa dúvida, a mim não coloca dúvida nenhuma. Claro que quero ganhar, nunca quis perder. Não cabe no nosso vocabulário a derrota. Se não ganhássemos, ficaríamos chateados, mas não nos ia alterar. Este é um jogo, o Europeu tem uma fase de grupos, depois o 'mata-mata'... É tudo diferente, não me parece que possa ser semelhante. Antes do Euro'2016 perdemos com a Bulgária [1-0], toda a gente dizia que não íamos lá fazer nada. Depois, no Europeu, empatámos os primeiros três jogos e íamos morrer. O Cancelo ontem teve razão ao falar da Hungria. Pensamos muito na Alemanha e na França... Se aquilo fossem os quatro finalistas, seria mais entre os três, mas não é. Depois há os oitavos, os quartos, as meias, pode acontecer duas equipas encontrarem-se novamente na final. Não podemos esquecer-nos da Hungria, os jogadores não dão o jogo por perdido, nunca saem do jogo, sabemos o que aconteceu no Europeu de 2016 [empate, 3-3], a Áustria estava no 'top-10', a Hungria estava mais para trás. Podíamos ter ficado de fora. Na qualificação para o Mundial de 2018 jogámos lá [na Hungria] e vencemos, a expulsão do jogador húngaro ajudou-nos lá, temos muitos jogadores que jogaram esse último jogo. Sabem e não estão esquecidos das dificuldades que o jogo encerra."
Importância do coletivo e do primeiro jogo nas provas: "É importante ter fases de grupos curtas. Na Champions o primeiro jogo é difícil, encerra sempre um grau de dificuldade elevado e são seis jogos. No Europeu são só três. Estes jogos são importantes. Eu e a minha equipa técnica trabalhamos para chegarmos lá e estarmos no topo. Frescos mentalmente e muito bem em termos estratégicos e táticos. Se formos falar em termos de qualidade individual, não há dúvidas em relação aos jogadores [de Portugal]. Mas a qualidade coletiva e técnica é que é importante perceber. Sem isso, a qualidade individual serve para pouco. É isso que procuramos fazer."