Declarações de Fernando Santos, selecionador nacional, no anúncio oficial da lista de convocados para o Mundial do Catar
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Programação diferente: "Não mexeu. O que mexeu muito, é os que podiam ser utilizados, como aconteceu no Euro'2021 em que não podiam ser todos utilizados, aí eu levava 23. Não levava nenhum jogador a mais. Emocionalmente em termos de grupo, de coesão, não funciona. Funciona muito mal. Foi uma experiência não rica... Já na Grécia levei 25 para depois escolher 23 e no ano seguinte não o fiz. No Europeu funcionou mal também, a lista tinha de se dar na noite anterior, havia sempre seis, sete ou oito na expectativa que podiam ser eles. Tecnicamente é muito ingrato. Perspetivas que vai ser desta maneira, fazes a escolha em determinado sentido, e depois na prática corre de outra forma e os que ficaram de fora poderiam ter mais impacto. Nesse aspeto convoquei 26 porque sei que os posso utilizar."
Catar é país pequeno, menos viagens: "Não há ninguém que não critique, ou que concorde em absoluto. Não é bom para os clubes, não é bom para as seleções. A única vantagem, de junho ou julho no Catar ou onde fosse, é as viagens. Já participei em vários, no Brasil, na Rússia, em que as viagens entre jogos eram terríveis. No Brasil com o calor... Nesse aspeto temos alguma vantagem. Não temos nenhum campo a mais de 25 minutos. Vamos estar sempre no nosso hotel, sem andar com a casa às costas. Vamos ter viagens curtas. Isso é cansativo, levar a mala, mudar de hotel, de um sítio fresco em para um com calor como aconteceu no Brasil. Na Rússia foi jogar não sei aonde e depois a Gochi... Aqui estamos a cinco minutos. As observações foram boas. Já estão lá colaboradores. A vantagem é não termos esse desgaste de chegar tarde e depois ter uma viagem."
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