Fernando Gomes revela desejos para 2023 e pensa já no Mundial: "Olhamos para 2030 como um marco..."
No primeiro dia do ano, Fernando Gomes, presidente da FPF, projetou o futuro das seleções portuguesas, fazendo também um balanço do que foi feito em 2022.
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Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, escreveu uma mensagem com os desejos para 2023, fazendo também um balanço do ano que agora findou e perspetivando já um futuro mais distante, com destaque para a candidatura à organização do Mundial'2030.
"Neste arranque do ano ambicionamos que 2023 nos traga uma participação inédita numa fase final de um Mundial feminino, os títulos europeus de sub-21, de sub-19, de sub-17 e já agora ter a mesma consagração no futsal feminino e no escalão sub-19. Que o novo ano nos traga também conquistas mundiais e europeias no futebol de praia e garantir a defesa do nosso título no Campeonato do Mundo de futsal além da qualificação da Seleção A para o Euro"2024 de futebol", desejou.
"Mas o nosso horizonte vai para além dos próximos 365 dias. Olhamos para 2030 como um marco onde a FPF, independentemente da sua liderança, tenha concretizado as metas de um plano estratégico que já está em curso e que um País próspero possa, então, acolher pela primeira vez uma edição do Campeonato do Mundo", vincou o dirigente.
Leia a mensagem na íntegra:
"O início de um novo ano cria-nos sempre boas expetativas, eleva-nos a ambição, reclama de nós promessas e desafia-nos para projetos.
Na Federação Portuguesa de Futebol é com esse espírito que vivemos não apenas o primeiro dia do ano, mas sim todos aqueles que se seguem porque tudo aquilo a que nos entregamos exige de nós a capacidade de fazer mais e melhor. E de cumprir.
Durante os 11 anos - e mais alguns dias... - que estou na presidência da FPF tem sido sempre assim. Nada do que construímos foi obra do acaso. Nada do que fizemos foi sem esforço, sem planeamento, sem sonhos. Pelo contrário: tudo o que realizámos foi com dedicação, com rumo, com ambição.
Mesmo sabendo que a vida só deve ser vivida olhando para a frente, ela só será compreendida se olharmos para trás. E porque momentos como este suscitam a um balanço, esse exercício nunca será uma perda de tempo, pois devemos estar orgulhosos do caminho que fizemos.
Em 2022, como noutros anos, conquistámos títulos, juntámos outros resultados desportivos relevantes, assumimos a nossa vocação e responsabilidade social, criámos competições, lançámos projetos, apoiámos clubes, associações, sócios de classe e batemos recordes de praticantes.
É com este "património" que olhamos em frente, seguindo no caminho da consolidação, da evolução, do sucesso, da inovação, da partilha e da solidariedade. E iremos fazê-lo, como sempre, sem hesitações. Construindo com diálogo e firmeza, inspirados pela missão que nos guia.
Nesse sentido acreditamos que vamos continuar a aumentar o número global de praticantes, reforçando a base da pirâmide que é essencial não apenas para o aumento saudável da prática desportiva, mas para que os clubes tenham a matéria humana que estimula a atividade e reclama melhores condições para o treino e para a competição. São sempre as jogadoras e os jogadores que nos motivam e nos obrigam a fazer melhor e a dar mais.
Com mais meninas e meninos, raparigas e rapazes, teremos melhores clubes e melhores seleções. Juntos alimentaremos sonhos, renovaremos ambições e cobraremos, a começar por nós próprios, aquilo que devemos assegurar para um melhor futuro.
Claro que neste arranque do ano ambicionamos que 2023 nos traga uma participação inédita numa fase final de um Mundial feminino, os títulos europeus de sub-21, de sub-19, de sub-17 e já agora ter a mesma consagração no futsal feminino e no escalão sub-19. Que o novo ano nos traga também conquistas mundiais e europeias no futebol de praia e garantir a defesa do nosso título no Campeonato do Mundo de futsal além da qualificação da Seleção A para o Euro"2024 de futebol.
Mas o nosso horizonte vai para além dos próximos 365 dias. Olhamos para 2030 como um marco onde a FPF, independentemente da sua liderança, tenha concretizado as metas de um plano estratégico que já está em curso e que um País próspero possa, então, acolher pela primeira vez uma edição do Campeonato do Mundo.
Nesta última década, temos feito este trajeto com o contributo de todos. Dos clubes, das associações distritais e regionais, dos sócios de classe, dos parceiros e temos contado, sempre, com os portugueses. Sem eles, nada seria possível. É neste caminho que pretendemos e vamos seguir. Este ano e seguramente no próximo.
Num mundo que foi fustigado por uma pandemia e vive uma guerra, temos de ser ainda mais fortes e resilientes para encontrarmos ânimo e motivação para acreditarmos que é possível realizar os nossos sonhos.
Mas como dizia um filósofo grego "as pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo".
É com este espírito que olhamos em frente. Porque essa é a nossa vontade, o nosso caminho, o nosso desígnio."