Fenerbahçe adia decisão de saída da Superliga turca e ameaça boicotar a Supertaça

Ali Koç, presidente do Fenerbahçe, falou aos adeptos na Assembleia Geral Extraordinária para decidir se o clube avança para a saída da Superliga turca, e acabou por desaconselhar essa medida extrema, alertando para os riscos da mesma, tais como ter de regressar para um patamar amador e a forte possibilidade de ter de ficar de fora das provas europeias.

Para já, a decisão final do Fenerbahçe foi a de adiar três meses a decisão drástica de uma eventual saída do campeonato. O presidente pediu aos adeptos para não comprarem bilhetes para a Supertaça contra o Galatasaray, que se disputa este domingo, 7 de abril. Exigiu que se a data da final com o Gala não mudar e se não for nomeado árbitro estrangeiro, que a equipa pode não comparecer ou então fazê-lo com os Sub-19.

Os sócios autorizaram ainda a Direção do clube a decidir sobre a não participação da Taça da Turquia por duas temporadas ou participação com a equipa de Sub-19; analisar e implementar o roteiro necessário para passar a jogar no exterior; e pedir à UEFA e à FIFA medidas quanto ao decorrer da Superliga turca.

"Houve quem dissesse que nos retiraríamos do campeonato e congelaríamos as atividades. Disputaríamos a Taça e as provas europeias. Precisamos estar preparados para isso. Em todas as nossas discussões, a que menos preferíamos era desistir da liga turca. Vamos retirar essa opção da mesa até à AG que decorrerá dentro de três meses. Há aqui algumas opiniões: Enquanto a nossa hipótese de ser campeão continuar, vamos continuar até ao fim da época sem desistir. Vamos avaliar a situação de nos retirarmos da liga na próxima época. A opinião de que não devemos retirar-nos do campeonato tornou-se muito dominante. Se a injustiça continuar, há uma opinião de que deveríamos ter a equipa no exterior. No entanto, suspender [a participação na Superliga turca] significa começar em nível amador quando estivermos prontos novamente. Vamos superar isso até certo ponto. Podemos fundir-nos com um clube da Superliga, mas isso precisa ser considerado ao mínimo detalhe. Não temos uma estruturação adequada no exterior... por isso não trazemos esse assunto [de jogar na liga de outro país] para a nossa agenda. O segundo método de saída da liga é não jogar dois jogos consecutivos. O que significa legalmente? Em primeiro lugar, falámos com a UEFA. Recebemos um parecer não oficial. Retiramo-nos da liga este ano, mas estaremos na segunda liga no próximo ano e podemos jogar na Europa? Eles disseram: 'Esta é uma decisão inteiramente da federação local'. Não está claro o que a UEFA fará... Estaríamos a dar uma grande vantagem àqueles contra quem lutamos", declarou Ali Koç.