Federação Russa de Futebol investiga ações racistas dos adeptos do Spartak Moscovo
Federação Russa de Futebol (RFU) abriu uma investigação após os adeptos do Spartak de Moscovo entoarem palavras racistas contra o cabo-verdiano Nuno Rocha.
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A Federação Russa de Futebol (RFU) abriu uma investigação após os adeptos do Spartak de Moscovo entoarem palavras racistas contra o cabo-verdiano Nuno Rocha, do FK Tosno e ex-Marítimo, nas meias-finais da Taça da Rússia. Nuno Rocha marcou na quarta-feira a grande penalidade decisiva, no desempate na meia-final, e festejou perto da claque do Spartak de Moscovo, momento em que se ouviram sons e cânticos racistas por parte dos adeptos do clube de Moscovo.
O inspetor da RFU para o racismo e discriminação no futebol, Alexei Smertin, disse à imprensa que a federação russa está a analisar o caso.
O jogo terminou com uma igualdade a 1-1, mas no desempate por grandes penalidades o Tosno garantiu a vitória por 5-4, cabendo a Nuno Rocha o derradeiro penálti. "Estamos a examinar o material do jogo, incluindo as músicas ouvidas nas bancadas dos adeptos do Spartak após a marcação da grande penalidade pelo Nuno Rocha", disse Alexei Smertin.
A menos de oito meses do Mundial, são vários os casos de racismo no futebol russo, nas últimas semanas.
Na terça-feira, a FIFA anunciou a abertura de um processo disciplinar contra a Federação russa por cânticos racistas no particular entre a Rússia e a França, em 27 de março, dirigidos ao avançado francês Ousmane Dembélé e ao médio Paul Pogba.
De acordo com a organização FARE, uma organização não governamental que luta contra a discriminação no futebol, 89 incidentes racistas foram registados em jogos de futebol na Rússia durante a temporada 2016/2017.