Federação da Arábia Saudita pediu desculpa pelo comportamento da seleção na Austrália
Sauditas recusaram fazer um minuto de silêncio, antes do jogo com a Austrália, em memória das vítimas dos atos terroristas de Londres, a 4 de junho. Entre as sete vítimas mortais, havia um australiano.
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A federação saudita pediu desculpa pelo incidente que marcou o jogo com a Austrália. Perante a indignação causada pelo facto de a seleção ter recusado perfilar para um minuto de silêncio em memória das vítimas dos atos terroristas que tiveram lugar em Londres, a 4 junho, os responsáveis sauditas emitiram uma nota a esclarecer que não houve qualquer intenção de desrespeitar a homenagem da equipa da casa. Aquela entidade "lamenta profundamente e pede desculpa, sem reserva alguma, por qualquer ofensa" que tenha resultado do comportamento dos jogadores e técnicos.
Ficou ainda declarado que "condena todos os atos de terrorismo e de extremismo" e dirige "as mais sinceras condolências às famílias de todas as vítimas e ao Governo e ao povo do Reino Unido".
No entanto, os sauditas esclarecem que, embora tenham concordado com o minuto de silêncio, foi dito aos responsáveis que tal não fazia parte da cultura da Arábia Saudita, pelo que os jogadores respeitariam a iniciativa dos australianos, enquanto ocupavam as respetivas posições em campo.
A imprensa australiana faz notar que esta questão cultural que marcou o jogo do apuramento para o Mundial da Rússia que os australianos venceram, por 3-2, não se colocou, porém, quando se tratou de respeitar um minuto de silêncio em memória da equipa do Chapecoense, vítima de um acidente aéreo. Em Doha (Catar), num jogo do Barcelona com o Al-Ahli, os sauditas perfilaram e prestaram homenagem à equipa brasileira.
A 4 de junho, sete pessoas morreram e 48 ficaram feridas, vítimas de atropelamento e esfaqueamento por parte de um grupo de três homens, abatidos pelas autoridades inglesas.
