Treinador ergueu o troféu no relvado do Estádio Internacional e teve a sua continuidade garantida pelo presidente Mortada Mansour, que o considerou uma peça fundamental para o bicampeonato.
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No dia seguinte à conquista do título - após a derrota do Pyramids, o mais direto perseguidor no campeonato do Egito -, o Zamalek teve ontem direito à consagração diante dos seus adeptos e Jesualdo Ferreira foi, indiscutivelmente, o rei da festa.
Conquistado em inferioridade numérica, o empate frente ao Al-Ittihad (1-1) não ofuscou as demonstrações de carinho recebidas pelo treinador português, cujo nome foi entoado diversas vezes pelos adeptos do popular emblema do Cairo. Estes levaram, inclusive, uma enorme bandeira com o rosto de Jesualdo e a inscrição "Professora", num erro de tradução.
Após o apito final do encontro, jogadores e equipa técnica do Zamalek subiram a um palco improvisado no relvado do Estádio Internacional do Cairo e ergueram o troféu para a fotografia da praxe, onde Jesualdo Ferreira e Shikabala, jogador que passou sem brilho pelo Sporting, foram as figuras centrais.
Envolvido pelos seus jogadores nos festejos, o treinador, de 76 anos, não tinha reagido ao título até ao fecho desta edição e coube ao presidente Mortada Mansour garantir a continuidade de um "talento especial" ao leme de Zamalek.
"As notícias que dão conta da saída do Jesualdo Ferreira não passam de rumores. Porque é que ele iria sair? Se Deus quiser ele vai continuar connosco. Provou que é um talento especial e está em melhor forma do que o Cristiano Ronaldo", gracejou o líder do bicampeão egípcio, citado pela Imprensa local.