Maignan deu um murro na mesa, visando a apatia de Mbappé e de Griezmann no jogo contra a Itália. A imagem de Didier Deschamps saiu desgastada do último Europeu e hoje o selecionador vai subir ao relvado do Parque dos Príncipes com a obrigação de somar três pontos diante da Bélgica.
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Na sequência da derrota sofrida na sexta-feira frente à Itália, no Parque dos Príncipes, o ambiente no balneário da seleção francesa está de cortar à faca, segundo contou ontem o jornal “L’Équipe”.
Face à ausência de reação por parte de Mbappé (capitão) e Griezmann (vice-capitão) foi o guarda-redes Maignan que teve que dar um murro na mesa a seguir à desfeita, não disfarçando o estado de nervos em que se encontrava face à péssima imagem deixada em campo por uma equipa que até teve a sorte de entrar praticamente a ganhar, com um golo logo aos 13 segundos, mas que depois assistiu impávida à reviravolta transalpina.
Escreve o jornal que Maignan foi particularmente crítico em relação à atitude geral de alguns elementos, com tiques de estrelas em vez de se aplicarem a fundo perante o indisfarçável crescimento da Itália de minuto a minuto.
O conteúdo da mensagem visou sobretudo o coletivo, mas o “L’Équipe” acredita que Mbappé, com uma “atitude indolente”, terá sido um dos visados pelo guardião do AC Milan ao exibir-se a um nível bem distante da forma que o levou aos píncaros do futebol mundial. Mas Griezmann também terá dado nas vistas pela falta de aplicação.
Certo é que Deschamps será sempre o principal alvo a abater, principalmente depois da desilusão que foi a participação da França no último Europeu. Esta segunda-feira (19h45), na receção à Bélgica, o selecionador gaulês vai entrar pressionado em campo, com a certeza que só um triunfo pode aliviar o nervosismo geral.
Deschamps não vive “num bunker”
Na conferência de Imprensa de antevisão ao jogo de hoje diante da Bélgica, para a segunda jornada do Grupo 2, Deschamps aceita as críticas dos adeptos sobre si. “As críticas sempre existiram. São inerentes à minha função e não vou fazer juízos de valor em relação a isso. Eu faço a minha própria análise ao meu desempenho, mas não vivo num bunker. Cruzo-me com muita gente. Os adeptos não ficam contentes ao perdermos por 3-1. Eu compreendo e isso faz parte da minha vida de selecionador”, comentou Deschamps.