Fàbregas: “É preciso deixar os jogadores expressarem-se a eles próprios”

Anunciado já esta semana como treinador do Como, Cesc Fàbregas desvendou esta terça-feira, na Web Summit, algumas das ideias que pretende pôr em prática nas novas funções. 

“Amanhã [quarta-feira] vou ter o meu primeiro treino e vou falar com os jogadores. Quero perceber quais as suas necessidades e também transmitir-lhes já alguns inputs. Tenho que lhes dar confiança e motivação”, disse, acrescentando que vai procurar que os jogadores “sejam felizes a expressarem-se a eles próprios”. “Eu era assim quando jogava”, justificou o antigo criativo de Arsenal, Barcelona e Mónaco, campeão europeu e mundial com a seleção espanhola.

Agora com 36 anos, Fàbregas deixou de jogar na época passada, já no Como, assumindo esta época o cargo de treinador, primeiro na equipa B do clube italiano, do qual é acionista, assim como Thierry Henry. 

“É preciso ter disciplina, trabalhar muito e sermos humildes, mas é preciso deixar os jogadores expressarem-se a eles próprios”, insistiu, assinalando que, hoje em dia, “os treinadores não se adaptam aos jogadores”. “Os jogadores é que têm que adaptar-se aos treinadores, mas quanto a mim isso é errado”, disse, assumindo ser um “sonhador”.

Sobre a experiência no Como, que está na Serie B italiana e joga para subir rapidamente ao primeiro escalão, Fàbregas conta que tem “grandes ambições para um futuro próximo”, mas lembra que o clube “faliu duas vezes nos últimos vinte anos”. 

“As pessoas estavam desconfiadas quando chegámos, tinham medo, mas temos estado a tentar demonstrar carinho a toda a gente. Estamos a tentar contribuir para a comunidade também, num clube que está a crescer muito depressa. Estamos a assinar com bons jogadores. É um clube muito especial, estou a aprender muito sobre outras partes do futebol e estou muito grato nesse aspecto. Sei que vamos ter dias difíceis, mas adoro o que faço e sei que sou um privilegiado por poder dizer isso”, acrescentou.