Fábio Paim recorda tempos com Ronaldo: "Comíamos as sobras do McDonald's"
Fábio Paim lembrou os tempos em que conviveu com Cristiano Ronaldo numa entrevista ao "SunSport".
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Fábio Paim, antigo jogador, coincidiu com Cristiano Ronaldo na academia de Alvalade e revelou, em entrevista ao "SunSport", que costumava ir com o avançado português a restaurantes McDonald's para comerem as sobras de hambúrgueres que já não seriam vendidas, fruto da pobreza em que viviam na altura.
"Quando jogávamos pelo Sporting e vivíamos na academia, vivíamos no estádio. À noite, costumávamos ir ao McDonald's para recolher os hambúrgueres que mais ninguém queria e que já não estavam bons para vender. Estávamos lá todas as noites por causa dos hambúrgueres. Sim, o Sporting sabia. Não é como atualmente, nós tínhamos permissão para sair", contou.
"Éramos amigos. Não diria melhores amigos, mas éramos amigos. Eu cheguei a ir de férias com ele. Uma vez foi no Brasil, antes do Euro'2004. Esse foi o primeiro Europeu do Cristiano na seleção sénior de Portugal e nós fomos de férias antes. Eu treinei com a seleção nacional, mas era demasiado novo para jogar. Se fosse mais velho, eu poderia ter estado lá", afiançou.
Paim também recordou a primeira interação que teve com o craque madeirense, dizendo que já evidenciava algumas das caraterísticas que o ajudaram elevar-se até à elite do futebol mundial.
"Eu tinha oito anos quando conheci o Cristiano pela primeira vez. Eu era novo no Sporting e nós fomos a um torneio na Madeira. Passámos bons tempos juntos, o futebol não era tão sério na altura. Desfrutámos de sermos crianças e vou lembrar-me sempre de Ronaldo como alguém que trabalhava no duro, era muito dedicado e queria ser o melhor", salientou.
"Ele sempre foi de ficar chateado quando perdia. Esse esforço levou a que ele esteja onde está agora. Mesmo hoje ele não precisa de jogar, mas quer ser o melhor. Ele venceu tudo o que podia, não há mais nada, mas isso é um resultado daquele esforço que fez quando éramos crianças. Nem mesmo ele poderia saber onde estaria hoje. Eu acreditei que ele seria alguém no futebol, um bom jogador, mas ao nível que ele chegou? Naquela altura, não", admitiu.
De resto, o ex-futebolista, que acabou por não vingar no futebol devido a más escolhas de vida que realizou, como o próprio admitiu nesta mesma entrevista, confessou que a única forma de voltar a jogar, depois de ter sofrido duas lesões graves num joelho, seria caso recebesse um convite de CR7.
"Sendo honesto, não quero voltar a jogar com o Cristiano. Tenho medo de entrar no campo, porque sei que me vou lesionar. Mas se ele me pedisse, eu iria. Nem sequer sei se ele se lembra que eu existo", concluiu.