"Expulsão de Cristiano Ronaldo? Não torna a nossa tarefa mais fácil"

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Yegishe Melikyan, selecionador da Arménia, anteviu este sábado o jogo que terá frente a Portugal no Estádio do Dragão (domingo, às 14h00), da derradeira jornada da fase de qualificação para o Mundial'2026.

Com Portugal a estar obrigado a vencer para assegurar desde logo o Mundial, o selecionador arménio avisou que nem a ausência do capitão Cristiano Ronaldo, que foi expulso com cartão vermelho direto na derrota de quinta-feira frente à República da Irlanda (2-0), vai facilitar a vida à sua seleção no Dragão.

Refira-se que a Arménia já está afastada do torneio, cumprindo apenas calendário neste jogo, que se realizará ao mesmo tempo do Hungria-Irlanda, que também poderá vir a influenciar a posição final de Portugal no Grupo F caso a Seleção Nacional não vença o seu encontro.

"Vocês dizem que não há pressão, mas tanto os jogadores como eu temos uma responsabilidade: jogamos pela Arménia. Quando há responsabilidade, há pressão. Portugal é um adversário sério e neste jogo vamos adquirir uma experiência inestimável para os nossos jovens. O adversário vai pressionar-nos imenso e esta será uma oportunidade excelente para vermos como os jogadores lidam com isso, assim como outras coisas que podemos melhorar no nosso jogo. Entendemos que Portugal precisa desesperadamente dos três pontos, mas nós também precisamos de uma vitória, então, vamos lutar. Em todo o caso, tentaremos retirar o máximo benefício deste jogo", começou por referir Melikyan, em conferência de imprensa.

"Cristiano Ronaldo? O jogo Irlanda-Portugal demonstrou que tudo é possível no futebol, mas, realisticamente, a distância entre a Arménia e Portugal é demasiado grande. Quanto a Ronaldo, Portugal tem tantos recursos que o jogador que o substituir também será de um nível de topo. [A sua ausência] Não torna a nossa tarefa mais fácil. Devemos estar prontos para um jogo muito difícil", alertou.

De resto, o selecionador da Arménia apontou que não quer ver a mesma exibição para esquecer que a sua seleção teve na goleada sofrida contra a equipa das Quinas em Erevan, em setembro (5-0).

"Falámos sobre isso. Não posso dizer exatamente o que lhes disse, mas fiquei muito zangado. Também respeito muito Portugal, mas quando entras no campo deves esquecer a autoridade do adversário e lutar pela vitória. No primeiro jogo, esta foi a razão de termos perdido. Não quero voltar a ver isso, quero lutar para vencer", vincou, num discurso ambicioso.