Ex-PSG lembra contratação recorde de Neymar: "O preço ficou curto"

Javier Pastore, antigo médio argentino que jogou no PSG entre 2011 e 2018 e que é atualmente embaixador do tetracampeão francês, concedeu esta quinta-feira uma entrevista ao jornal AS, dois dias antes de os parisienses defrontarem o Inter na final da Liga dos Campeões (sábado, às 20h00). 

Sobre essa final, Pastore, que se retirou dos relvados em 2023, previu um jogo equilibrado com e aproveitou para salientar a mudança que o conjunto treinado por Luis Enrique atravessou desde os tempos em que tinha um trio de ataque formado por Lionel Messi, Neymar e Kylian Mbappé. 

“Muito difícil, são duas equipas que chegam num grande momento. O PSG depois de um ano excelente, de mudança, de jovens, com um treinador que encontrou um trabalho coletivo forte e bom em termos ofensivos e defensivos. E o Inter que leva anos a um nível muito alto também, demonstrando sempre que compete na Champions. É uma final muito disputada e bonita”, começou por analisar. 

“[O PSG] Mudou rotundamente de jogadores. Ficou sem os melhores do mundo, com muito nome e repercussão: Messi, Mbappé, Neymar, Verratti, jogadores importantíssimos ao nível futebolístico, de balneário, e trocou-os por uma equipa muito mais jovem e de talento. Têm os melhores jovens do mundo, juntamente com o Barcelona e, em termos táticos, parece que têm 27 ou 28 anos. Mudou de plantel e de estilo, é mais coletivo e mais valioso em esforço defensivo do que noutros anos, também nos meus”, comparou. 

O antigo internacional argentino, de 35 anos, recordou ainda a contratação de Neymar ao Barcelona em 2017, por 222 milhões de euros, que continua a ser a mais cara de sempre da história do futebol, deixando grandes elogios à qualidade do extremo brasileiro, que regressou este ano ao Santos. 

“Algo insólito. Não pensávamos que um jogador podia ter esse preço de mercado, mas ao defrontá-lo e depois tendo-lho como companheiro, o preço ficou curto. Revolucionou o futebol francês e europeu com a sua chegada ao Barcelona, foi uma loucura tê-lo como companheiro e viver tudo o que se passava ao seu redor. Neymar é muito mais do que um jogador de futebol. Depois de Leo [Messi], é o melhor com quem joguei. Ele rompeu o futebol pela magnitude da sua transferência”, enalteceu.