Ex-presidente do Barça fala em "erro" e lembra o verão quente de 2020... com Messi
Josep Maria Bartomeu recorda que o craque argentino queria sair em 2020, mas sem revelar para que clube.
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Josep Maria Bartomeu, ex-presidente do Barcelona, concedeu uma entrevista ao jornal "Mundo Deportivo", na qual voltou a abordar a saída de Messi para o PSG. Questionado se o adeus do craque argentino foi um erro, não teve grandes dúvidas na resposta.
"Fazem essa pergunta a alguém que no verão de 2020 lutou para que não saísse. Pensei sempre que era imprescindível que estivesse connosco, por ser o melhor do mundo e pelo seu impacto económico e institucional. É um erro deixar Messi ir embora", afirmou Bartomeu, para quem a alegada falta de projeto não pode servir de explicação para a separação entre as partes.
"Em 2019 ganhámos o campeonato. Devíamos ter passado o Liverpool [nas meias-finais] e seguramente que teríamos vencido a Champions. Era o ano de outro triplete. Perdemos um jogo e depois da final da Taça naquelas circunstâncias, com uma baixa importante como a de Suárez. Se não houver golo, isso no futebol conta muito", recordou.
Antes de Neymar sair no verão passado, já tinha dado indicação de que pretendia abandonar o clube, num episódio que muito deu que falar, em 2020. "Ele queria sair, falámos e disse-lhe que não. Sempre pensei que Messi era muito importante, e vice-versa, e seria um problema grave se ele saísse. Disse-lhe que se quisesse sair como Xavi e Iniesta, para o Catar, China ou Emirados, podíamos falar e fazer uma homenagem. Uma despedida. Mas Messi não tinha equipa e queria ficar livre. Dissemos-lhe: 'Queremos que o Barça seja o teu último clube na Europa. Se depois quiseres ir para outro continente, não há problema'. Foi assim um pouco a história do verão de 2020. Nós a dizer que queríamos que continuasse e ele a querer sair. Mas sem saber para onde. Perguntava-lhe sempre para onde queria ir", resumiu.