Ex-Liverpool e a luta contra o cancro: "A minha lesão no joelho foi pior"
José Enrique terminou a carreira de jogador em 2017, devido a uma grave lesão no joelho.
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José Enrique pendurou as chuteiras em 2017, quando tinha apenas 31 anos e se encontrava ao serviço do Saragoça, da II divisão de Espanha. Uma grave lesão no joelho não permitiu ao antigo lateral-esquerdo continuar a jogar, levando-o a optar pela reforma. Meses depois, uma notícia ainda pior: em maio de 2018 foi-lhe diagnosticado um tumor cerebral.
Entretanto, o ex-jogador do Liverpool já foi operado e, em entrevista ao The Times, mostrou-se otimista, afirmando que lidar com o cancro foi mais fácil do que enfrentar a lesão que lhe colocou um ponto final na carreira.
"Pareceu-me mais fácil aceitar que tinha o tumor do que aceitar o final de carreira, com a lesão no joelho. Era um jogador perdido, fazia parte de uma equipa que tinha os outros 25 jogadores a treinarem normalmente, a jogarem e a divertirem-se. A reforma é difícil de aceitar para muitos jogadores, nos primeiros meses foi complicado", afiançou José Enrique, que prosseguiu:
"Olhava para a luz e doíam-me os olhos. O meu irmão disse que era cansaço, mas, quando acordei no dia seguinte não estava a ver bem do olho esquerdo. (...) Depois dos exames disseram-me que não era um derrame, mas sim um tipo de tumor muito raro que se desenvolve no crânio e na coluna, que estava ali desde muito jovem. Quando ouves que tens um tumor maligno pensas logo que vais morrer. Enquanto futebolista sentia-me invencível, porque estava em boa forma, mas depois surge algo assim e assustas-te. Disseram-me que depois da operação seria submetido a radioterapia, quimioterapia e terapia de protões. A Amy [namorada] estava muito assustada, mas ajudou-me a pensar que tinha de lutar por ela. Outras pessoas não têm tanta sorte", rematou o ex-jogador, que passou, entre outros, por Valência, Newcastle e Liverpool.