Christian Abbiati foi mentor de Donnarumma no Milan e não compreende a postura do PSG, que deixou o italiano de fora da sua convocatória para a Supertaça Europeia depois de ter contratado o guarda-redes Lucas Chevalier ao Lille
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Christian Abbiati, ex-guarda-redes internacional italiano que passou a maioria da carreira no Milan, reagiu esta terça-feira à situação de Gianluigi Donnarumma, que ficou de fora da convocatória do PSG para a disputa da Supertaça Europeia, diante do Tottenham (quarta-feira, às 20h00), depois de o campeão europeu e tetracampeão francês ter contratado o guardião Lucas Chevalier ao Lille.
Em declarações à “Gazzetta dello Sport”, Abbiati, que foi mentor de Donnarumma na última época da sua carreira (2015/16), considerou que “há algo de loucos” nesta questão, saindo em defesa do compatriota, que não chegou a acordo para renovar com os parisienses – tem apenas mais um ano de contrato – e tem sido associado ao Manchester United, de Rúben Amorim.
“Talvez tenha acontecido algo que não sabemos e, se for isso, tudo bem, é um assunto que só lhes diz respeito a eles. Mas, caso contrário, é algo de loucos, algo sem qualquer explicação lógica. Vocês dizem que ele ajudou-os [ao PSG] a vencer meia Liga dos Campeões, mas eu vou mais longe, foi um pouco mais do que a metade. E, apesar disso, o que oiço é que ele parece ser mau no jogo de pés...”, apontou, referindo-se a outro motivo apontado em França que terá contribuído para que o treinador Luis Enrique quisesse reforçar a baliza do PSG esta temporada.
“Podemos dizer que há vários jogadores melhores com os pés do que ele, mas substituir um guarda-redes que colocou um título da Liga dos Campeões no teu palmarés por causa disso... Repito, ele fez defesas incríveis na Europa, intervenções que poucos seriam capazes de fazer. [Numa escala de zero a 10] É um 11 entre os postes e um 6,5 com os pés. De qualquer forma, tem nota suficiente”, avaliou Abbiati, concluindo: “Alguém do seu calibre vai certamente agarrá-lo e ele irá para outro clube grande, ainda que seja uma pena que termine um ciclo desta forma. Eu desejo-lhe o melhor, porque ele merece-o".