Ex-Benfica João Victor vaiado no Vasco da Gama: "Se não confiarem só é pior para nós"

O ambiente no Corinthians e no Vasco da Gama está quente e com Memphis Depay, do lado paulista, e João Victor, nos cariocas, no olho do furacão em cada clube, sendo alvos de contestação dos respetivos adeptos. E nem os presidentes dos clubes, Augusto Melo e Pedrinho, respetivamente, se salvaram, merecendo também críticas. 

Figura importante no Timão desde que chegou, em setembro de 2024, Depay tem colecionado algumas polémicas, algo que não agrada aos fãs do Corinthians, que decidiram agora manifestar-se contra o internacional neerlandês. Após ter chegado a faltar a um treino devido a atrasos nos pagamentos de prémios, o ex-Atlético de Madrid causou surpresa e desagrado no passado sábado no dérbi com o São Paulo: substituído ao intervalo, não voltou para o banco na segunda parte. Por isso, foi ontem alvo de contestação através de pichagens nos muros do Parque São Jorge, sede do clube. “Depay, de ídolo você não tem nada”, era uma das mensagens, sendo que também o líder Augusto Melo, acusado pela justiça brasileira num processo relacionado com o patrocínio da empresa VaideBet, mereceu críticas. “Augusto, ladrão, bens adquiridos com ‘grana’ do Corinthians”, foi a mensagem deixada num imóvel do dirigente.

No caso do Vasco da Gama, a tensão disparou na madrugada de ontem com a eliminação da equipa da Taça Sul-Americana, ante o Independiente del Valle (1-1, com o português João Moreira a jogar 75’). João Victor, central ex-Benfica, já tinha sido alvo de críticas em jogos anteriores, o que levou a uma conversa com o líder da claque vascaína Força Jovem. Perante nova exibição que desagradou os fãs, a contestação subiu de tom. “Fora, Pedrinho”, ouviu-se no estádio após a equipa ter ficado em desvantagem por 1-0. Mas também o defesa foi novamente contestado e até vaiado. “Tira o João Victor”, gritaram muitos dos adeptos presentes no São Januário, a quem o central respondeu em provocação logo após fazer a assistência para o 1-1. “Assobios? Faz parte. Eles têm o direito de vaiar e é isso”, disse no final João Victor, acrescentando: “Eles que têm que confiar, eu não posso fazer nada. Se não confiarem só é pior para nós. Saída? Não, não houve conversa. O plano é o mesmo. Tenho contrato com o clube, vou cumpri-lo”.