Antigo jogador das categorias inferiores do Hull City e que fez grande parte da carreira no Canadá e Singapura, assumiu em 2020 a sua homossexualidade.
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Thomas Beattie, antigo jogador das categorias inferiores do Hull City e que fez grande parte da carreira no Canadá e Singapura, assumiu em 2020 a sua homossexualidade, já depois de ter deixado a vida de futebolista.
Agora, em entrevista à BBC, assume que não teria "saído do armário" caso continuasse a jogar.
"Eu não teria saído do armário se tivesse continuado a jogar. A razão é a mesma pela qual a maioria das pessoas não estão a sair do armário agora: ainda estamos a tentar redefinir o que é a masculinidade e isso é um grande problema no desporto", começou por dizer.
"O futebol é um desporto muito físico e agressivo, por isso qualquer ataque à tua masculinidade parece que "mina" o teu desempenho. Conheço alguns homens heterossexuais mais "femininos" e alguns homossexuais mais "masculinos" e não tem nada a ver com a capacidade para render como futebolista ou como qualquer outra coisa", continuou.
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"O mais provável é que o próximo jogador tornar pública a sua homossexualidade seja da formação e que chegue à elite do futebol. Mesmo esse caminho seria difícil neste momento e ainda é improvável, mas mais provável isso do que alguém da Premier League a fazê-lo", admitiu Beattie.
"Realmente eu não tive a experiência de sentir muitos comentários homofóbicos num balneário, os futebolistas são bastante abertos às diferenças", concluiu.