Filipe Coelho, treinador dos sub-21 do Chelsea, confia no sucesso do técnico no clube brasileiro
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Em entrevista ao Globoesporte, Filipe Coelho, treinador dos sub-21 do Chelsea, comentou a sua relação com Renato Paiva, atual treinador do Botafogo, convicto de que o clube brasileiro fez a escolha certa.
"Em primeiro lugar, eu tive muita sorte que a minha primeira experiência há 19 anos atrás fosse com o Renato [Paiva], porque tenho de valorizar, não só a dimensão do conhecimento do jogo, mas também a dimensão humana, de procurar ajudar o outro", começou por dizer.
"Enquanto jovem a entrar numa academia tão grande como a do Benfica, ajudou-me. Trabalhámos juntos apenas essa época, mas ficamos amigos até hoje. É, sem dúvida nenhuma, uma referência para mim na área do treino, também sou suspeito para falar porque somos amigos”, vincou o técnico de 40 anos.
Coelho, que foi contratado pelo Chelsea depois da temporada vitoriosa no comando do sub-23 do Estoril, onde venceu a Liga Revelação, sublinhou que Renato Paiva já conta com a experiência necessária para liderar o emblema carioca. "Felizmente para o Botafogo, o Renato chega numa altura em que já teve algumas experiências anteriores, nomeadamente no Brasil, mas também no Equador [Independiente del Valle] e no México [León e Toluca]. Eu acho que o Botafogo tem a sorte de ter um Renato ainda mais bem preparado para o projeto", analisou.
Filipe Coelho também comentou os desafios que o treinador de 54 anos vai enfrentar no Brasil. “O Renato é um treinador de projeto, é um treinador que precisa de tempo para implementar as suas ideias. Obviamente sabemos que o contexto brasileiro muitas vezes é muito emocional e vive muito da vitória e da derrota, está tudo bem quando se ganha e está tudo mal quando se perde. É preciso tempo para cimentar as suas ideias e aquilo que eu conheço do Renato e do seu trabalh é que com o tempo e com as ideias bem sistematizadas e bem treinadas, esse passo de qualidade vai conseguir constatar-se rapidamente naquilo que o Botafogo conseguirá fazer em termos exibicionais." Destacou ainda o estilo de jogo de Renato Paiva. "Um jogo de controlo, de posse, mas não posse por posse, a posse para atingir o último terço, a posse para ferir o adversário com uma estrutura atrás da bola também muito forte para reciclar ataques. É um treinador que gosta de um futebol agressivo, dominador. Acho que pode ser um casamento muito feliz."