Estrelas unem-se contra relvados sintéticos no Brasil: "Futebol é natural"
Neymar, Memphis Depay, Lucas Moura, Coutinho, Gabigol e Thiago Silva são alguns dos jogadores que se posicionaram
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Esta terça-feira, vários jogadores do futebol brasileiro uniram-se para emitir um comunicado onde protestam contra a utilização de relvados sintéticos: “Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está a tomar. É um absurdo termos de discutir relvado sintético nos nossos campos. Objetivamente, com o tamanho e a representatividade que tem o nosso futebol, não deveria nem ser uma opção. A solução para um relvado mau é um relvado bom, simples.”
“Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e são feitos investimentos para assegurar a qualidade do relvado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e para quem vê. Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso em que os atletas jogam e treinam”, prosseguem os jogadores no comunicado. O protesto conclui com a frase: “Futebol profissional não se joga em relvado sintético!”
No Brasil, estádios importantes como o Allianz Parque, do Palmeiras, o Nilton Santos, do Botafogo, a Ligga Arena, do Athletico Paranaense, e o histórico Pacaembu têm relvado sintético. A nova Arena MRV, do Atlético Mineiro, também está em processo de troca de relvado e brevemente vai integrar esta lista. A Neo Química Arena do Corinthians e o Maracanã, por sua vez, possuem um relvado híbrido, onde apenas parte da relva é artificial.
Recorde-se que o relvado sintético foi o motivo do atraso do último dérbi paulista.
O Palmeiras, contudo, emitiu um comunicado a rebater o posicionamento dos jogadores: “O clube respeita a opinião dos atletas que manifestaram preferência por campos com relva natural e considera urgente o debate sobre a qualidade dos relvados do futebol brasileiro; este problema, contudo, não será solucionado com críticas rasas e sem base científica.”
Ainda não houve nenhum pronunciamento por parte dos órgãos responsáveis pelo futebol brasileiro.