"Estou próximo dos 1300 ou 1400 jogos, mas este vai dar formiguinhas na barriga"
Arranca a competição no Vila Belmiro, com o Santos a receber o RB Bragantino. Ambição do técnico Jesualdo Ferreira é vencer prova que foge ao Peixe desde 2016
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Jesualdo Ferreira chegou há 16 dias a Santos para dirigir o antigo clube de Pelé e começa esta quinta-feira a disputar o Paulistão, o mais forte de todos os campeonatos estaduais brasileiros e cuja taça não entra no museu do clube desde 2016. Esta noite, às 22h15, no Vila Belmiro, estreia-se então contra o Red Bull Bragantino, equipa campeão da Série B e que foi alvo de um investimento milionário após ser adquirida pela famosa marca austríaca de bebidas energéticas.
Integrando o Grupo A com Água Santa, Oeste e Ponte Preta, o Santos não vai defrontar nenhuma destas equipas na primeira fase, jogará antes contra as 12 que integram os restantes três grupos. Nestas 12 jornadas, o objetivo é somar os pontos suficientes para terminar num dos dois primeiros lugares do grupo, que dão acesso aos quartos de final, onde se inicia o mata-mata, em jogo único, até uma final já disputada a duas mãos.
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Chegar a esta segunda fase do Paulistão é o mínimo exigível ao Peixe e Jesualdo Ferreira sabe disso. Aliás, ontem, na conferência de antevisão ao primeiro jogo, não o escondeu. "Esta prova é o início de um trabalho, mas quero deixar uma garantia aos adeptos: vamos jogar sempre para ganhar, com ambição, e nesta prova não será diferente. Queremos também jogar bem. Há vários conceitos de jogar bem, é preciso ter alegria no que se faz, sabendo que, jogando bem, estaremos mais perto de ganhar e de levar adeptos aos estádios", começou por dizer, reforçando: "Vamos entrar quase sem preparação nesta prova, que é uma competição onde todos apostam forte. É o início de uma longa caminhada até ao final do Brasileirão. Não se resolve tudo agora, há muito caminho a percorrer."
O técnico assegura que os 18 treinos em 12 dias "permitiram conhecer os jogadores" e lembra que "é possível atingir bons patamares com a entrega de todos". "Quero potencializar o que foi o coletivo do Santos no ano passado", acrescentando ainda. Apesar da larga experiência, admite: "Estou próximo das 1300 ou 1400 partidas em vários contextos e locais, mas qualquer jogo mexe connosco, este de forma diferente, por ser num país onde nunca trabalhei. Este vai dar formiguinhas na barriga."
Evitando falar de reforços - "O futuro próximo vai dizer se precisamos de mais jogadores para sermos competitivos" -, Jesualdo anunciou ainda que elegeu o médio Alison para ser o capitão na estreia.