Se a UEFA exigir que as partidas se joguem com um número elevado de público, "encontrará forte resistência do governo alemão", disse Marcus Söder, governante da região bávara.
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O governador da Baviera, na Alemanha, e a Federação de Futebol da Irlanda manifestaram esta quarta-feira dúvidas quanto à possibilidade de estádios cheios no Euro'2020, adiado para este verão devido à pandemia de covid-19.
Marcus Söder, governante da região bávara, disse não conseguir "imaginar o que será ter muito público" no estádio do Bayern de Munique, que acolhe os jogos da fase de grupos da Alemanha - um deles com Portugal - e um dos quartos de final.
Se a UEFA exigir que as partidas se joguem com um número elevado de público, "encontrará forte resistência do governo alemão", num aviso que segue a linha de cautela máxima perante a covid-19 elencada por aquele país.
A restauração, espaços de lazer e cultura estão encerrados desde novembro de 2020, há meio ano, com dezembro a encerrar também o comércio não essencial, sem uma rota definida para o desconfinamento.
Na terça-feira, a Federação Alemã de Futebol tinha apelado às autoridades de Munique para que apresentassem um plano que permita receber público dentro do prazo estabelecido pela UEFA.
Na Irlanda, é a federação que explica que, seguindo recomendações governamentais, informou a UEFA que "não está em condições de assegurar, nesta fase, a presença de um número mínimo de espetadores" em Dublin, no Estádio Aviva, "casa' de três jogos do grupo E e outro dos "oitavos'.
A UEFA tem como objetivo acolher os jogos do Euro2020, que coroará o sucessor de Portugal, vencedor do Euro'2016, com o máximo número de espectadores possível, com a opção de estádios vazios completamente excluída.
"Cada cidade deverá garantir que terão adeptos", explicou o presidente do organismo, Aleksander Ceferin, que terá em 19 de abril uma reunião definitiva sobre possíveis alterações.