Essugo numa montanha-russa: apenas 117 minutos em campo e... quatro títulos
O português Dário Essugo ganhou três títulos nacionais pelo Sporting e um mundial pelo Chelsea com apenas 117 minutos em campo
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Ao serviço do Chelsea, os portugueses Pedro Neto e Dário Essugo sagraram-se campeões mundiais de clubes no último domingo. O primeiro assegurou na final frente ao PSG (3-0) um saboroso triplete no espaço de apenas mês e meio: Liga Conferência em maio, Liga das Nações em junho (pela Seleção) e Mundial de Clubes em julho. Já o segundo não venceu as duas primeiras provas citadas, mas também não se pode queixar. Isto porque, em pouco mais do que um ano, acrescentou nada menos do que três troféus à sua curta carreira: dois de campeão nacional e um de campeão mundial. Nada mal para quem tem apenas 20 anos.
Campeão do mundo pelo Chelsea, o médio tem vivido uma amálgama de emoções: nos últimos 14 meses festejou três títulos e, ao mesmo tempo, chorou duas descidas de divisão.
Aliás, o percurso recente de Dário Essugo é um fenómeno digno de estudo. Não só pelos três títulos ganhos nos últimos 14 meses, mas porque nesse espaço de tempo desceu duas vezes de divisão. Confuso? A explicação é fácil. Em 2023/24 começou a época com dez jogos no Sporting (que foi campeão), mas em janeiro seria emprestado ao Chaves, que acabou por descer ao segundo escalão.
Portanto, nessa temporada, o balanço foi dividido: a 5 de maio abriu uma garrafa de champanhe para festejar o título nacional do Sporting e, cinco dias depois (10 de maio) sofreu a desilusão de ver confirmada a despromoção do Chaves.
Na época passada algo de semelhante ocorreu. Começou por fazer dois jogos no Sporting, mas a 30 de agosto rumou ao Las Palmas, equipa espanhola pela qual fez excelente época, num total de 27 partidas – o que até o ajudou a transferir-se para o Chelsea. O negócio foi oficializado a 2 de junho, já depois de nova montanha-russa de emoções: a 14 de maio “chorou” a despromoção do Las Palmas e, três dias depois, fez a festa do título português do Sporting.
Na ressaca desta confusa amálgama sentimental rumou ao Chelsea... e bem a tempo de ajudar os londrinos no título de campeões do mundo. Essugo fez três partidas, num total de 38 minutos, tempo mais do que suficiente para andar aos saltos no centro do relvado do Estádio MetLife, de Nova Jérsia, após o 3-0 ao PSG.
Mas não se ficam por aqui os registos de Essugo no domínio do incrível. É que estes três títulos citados foram ganhos com apenas 111 minutos em campo. Pelo Chelsea, 38 chegaram para ser campeão do mundo, enquanto no Sporting somou 16 minutos no título de 2024/25 e não mais de 57 na época anterior. Mas há que lembrar ainda o título que ganhou nos leões em 2020/21, na época em que se estreou na equipa principal. Jogou seis minutos... e foi para o Marquês fazer a festa.