Espião revela detalhes da vida de Maradona: "Um exército de camelos e p..."
Antonino Restino revelou, em livro, ter acompanhado a par e passo a vida de "El Pibe" em Nápoles.
Corpo do artigo
Diego Maradona aterrou em Nápoles em 1984, após duas épocas de alto nível no Barcelona e, no espaço de sete anos, converter-se-ia na maior figura da história do clube italiano - já para não falar do futebol mundial. Mas a carreira do astro argentino ficou marcada por vários fantasmas e segredos, alguns deles revelados agora por Antonino Restino, autor de um livro publicado recentemente ("O Espião de 'Dios'"), que diz ter sido espiado "El Pibe" em Itália.
"O hotel Paradiso era o favorito dele [Maradona], chegava à tarde e voltava a casa de madrugada. Uma vez, durante uma vigia, afastei-me por uns momentos e depois dei conta que ele estava a falar com a minha colega de trabalho. Era incrível", conta Restino, que aborda a ligação próxima entre o antigo craque e Guillermo Coppola, o representante que, posteriormente, foi acusado por Maradona de ter roubado todo o seu dinheiro:
"Parecia fiel como ninguém. Seguia-o para todo o lado e executava as ordens que lhe dava. Mais do quem agente, era uma mescla de companheiro de aventuras e servente", conta. As mulheres também foram uma constante nos tempos de Maradona em Nápoles. "Houve uma altura em que duas raparigas se passeavam à frente de casa dele durante horas. Fizeram isso durante vários dias, até que Claudia Villafañe [ex-mulher de Maradona] resolveu descer e ameaçá-las", relata Antonino Restino, que admitiu ter sentido a vontade de dirigir-se diretamente a "El Pibe" de forma a aconselhá-lo.
"Senti-me tentado a abandonar o meu trabalho, falar com Diego e pedir-lhe, como amigo, para que mandasse à merda aquele exército de aproveitadores, camelos e p... que o assediava. Para que voltasse à sua natureza alegre e generosa. (...) Queria falar com ele, conhecê-lo... Ainda que poucos o conheçam melhor do que eu", rematou.