À partida para a Arábia Saudita, este domingo, Jorge Jesus explicou o porquê de ter assumido o projeto de criação de uma academia em Riade, mas garantiu que regressar a Portugal em breve para treinar é uma hipótese.
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Novas funções na academia em Riade: "As expectativas são novas, é um trabalho diferente daquele a que estou habituado. Ainda não há certeza, posso chegar lá e não concordar com as condições, mas penso que 90 por cento das coisas estão definidas. Não vou ser treinador, vou ser consultor. Vou dar um pouco da minha experiência, experiência de duas academias que são das melhores do mundo, do Sporting e do Benfica. Não sou só um consultor de recursos humanos, também de estruturas. Eu é que decido quantos campos é que aquilo vai ter. Levo uma equipa comigo que conta com o meu filho, que é arquiteto, é ele que vai construir o 'masterplan'".
Regresso a Portugal no horizonte: "Acabaram-se as férias, mas depois terei mais tempo para voltar a Portugal. Espero estar a trabalhar em junho, pode ser em Portugal, não sei... Sou treinador. Eu não queria ficar na Arábia Saudita e agora vou voltar lá. O ministro fez-me este desafio e eu aceitei. Vamos ver o que vai acontecer".
Vontade de voltar: "Eu já disse quando saí para a Arábia Saudita: a minha preferência é trabalhar em Portugal. Só trabalho fora se tiver de ser. Se pudesse decidir, queria ficar aqui, foi por isso que não quis renovar com o Al-Hilal. Mas isto é a complexidade de ser treinador e da vida. Hoje dizes uma coisa e amanhã já tens que dizer outra. Eu não penso trabalhar mais até junho, mas imaginem que aparece uma grande equipa da Europa... Aí já terei de pensar duas vezes. A minha cabeça está neste projeto [academia em Riade], estou muito honrado, não me convidaram só para ser um conselheiro, convidaram-me para projetar uma academia que não existe. Só existe o espaço".
Há mal-estar com Frederico Varandas? "Não houve contacto entre mim e Varandas desde que voltei".