Num treino em que voltou a centrar atenções, o capitão da Seleção ficou no grupo dos que foram suplentes ante a Suíça. Fernando Santos não deve mexer.
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Em equipa que ganha, não se mexe. Este é um velho chavão do futebol que, sábado (15h00 em Portugal continental), Fernando Santos deverá aplicar no embate com Marrocos, referente aos quartos de final do Mundial"2022.
Resposta perfeita de Gonçalo Ramos e rendimento coletivo no jogo dos "oitavos" dificultam regresso de CR7 às opções iniciais. FPF garante que o astro nunca ameaçou ir embora do Catar.
Salvo algum imprevisto de ordem física que possa surgir até à hora do pontapé de saída, o onze que entrará em campo frente aos "Leões do Atlas" será o mesmo que iniciou a goleada à Suíça (6-1), o que significa que Cristiano Ronaldo voltará a sentar-se no banco, à semelhança do que sucedeu no jogo anterior. Um cenário reforçado pelo treino de quinta-feira à tarde, em Al-Shahaniya, no qual o capitão da Seleção Nacional integrou, num exercício conjunto realizado durante os 15 minutos abertos à comunicação social, a equipa constituída pelos jogadores que foram suplentes na partida dos "oitavos".
Não há como negar: o jogo com a Suíça dificultou, pelo menos a curto prazo, o regresso de Ronaldo ao onze. Como se sabe, as pistas deixadas nas sessões de treino têm, muitas vezes, o intuito de despistar quem está a ver do lado de fora. Contudo, a exibição portuguesa em Lusail, na última terça-feira, deixou pouco espaço para dúvidas e alterações. Coletivamente, o desempenho foi quase perfeito. No ataque, Gonçalo Ramos, na vaga de CR7, "arrombou a porta", com três golos e uma assistência. Mudar as peças nesta fase é algo que não pode ser totalmente descartado, dependendo da abordagem planeada pelo selecionador, mas a verdade é que, a dois dias do encontro com Marrocos, o Engenheiro replicou a fórmula, atribuindo coletes aos seguintes jogadores: Dalot, Pepe, António Silva - no lugar de Rúben Dias, em trabalho de recuperação -, Raphael Guerreiro, William, Otávio, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Gonçalo Ramos e João Félix. Um sinal do que está por vir frente a Marrocos.
Numa publicação feita nas redes sociais, CR7 vincou que a seleção "é Um grupo demasiado unido para ser quebrado por forças externas"
Quanto a Cristiano, segue como opção altamente válida para Portugal. A crença naquilo que o astro luso pode oferecer mantém-se e o avançado renovou, ontem, o compromisso com os objetivos da Seleção. "Um grupo demasiado unido para ser quebrado por forças externas. Uma nação demasiado corajosa para se deixar atemorizar perante qualquer adversário. Uma equipa no verdadeiro sentido da palavra, que vai lutar pelo sonho até ao fim! Acreditem connosco! Força, Portugal!", escreveu Ronaldo nas redes sociais, depois de, durante a manhã, ter sido noticiado que o jogador teria ameaçado deixar a concentração da equipa das Quinas ao saber que iria começar o duelo com a Suíça no banco.
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Através de comunicado oficial, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) desmentiu essa informação. "A FPF esclarece que em momento algum o capitão da Seleção Nacional, Cristiano Ronaldo, ameaçou deixar a equipa nacional durante o estágio no Catar", assinalou o organismo, apelando ao respeito pelo capitão: "Constrói a cada dia um historial ímpar ao serviço da equipa nacional e do País que tem de ser respeitado e que atesta o inquestionável grau de compromisso com a Seleção."
Ao que O JOGO conseguiu apurar, Ronaldo ficou naturalmente insatisfeito ao inteirar-se da condição de suplente, algo que se refletiu no treino da véspera do encontro dos "oitavos". Porém, não terá chegado ao ponto de ameaçar bater com a porta. O compromisso de CR7 com as cores nacionais subsiste e o capitão continuará a respeitar as decisões de Fernando Santos. Mesmo sabendo que, contra Marrocos, voltará a ficar à margem do onze.
Sem o colete revelador
Sempre sem colete nos diferentes exercícios, tudo indica que Cristiano Ronaldo irá permanecer no banco, juntamente com André Silva, Rúben Neves, Vitinha, entre outros. Pepe, Bernardo Silva e Otávio, previsivelmente continuarão no onze, no sábado, frente a Marrocos.
Rúben Dias foi o único ausente, mas sem alarme
A Seleção cumpriu na quinta-feira o primeiro treino "a sério" no ciclo de preparação para o jogo com Marrocos, depois de, na véspera, os titulares - e Ronaldo - terem realizado trabalho de ginásio. No regresso à plenitude, subiram ao relvado 23 jogadores, com Rúben Dias a ser o único ausente. O central do Manchester City, totalista no Mundial, deu seguimento ao regime de trabalho específico de recuperação, mas sem motivos para alarme: o 4 de Portugal não sofreu qualquer lesão e perspetiva-se que hoje já se junte ao grupo. No tal exercício conjunto, a vaga de Rúben foi suprida por António Silva, o terceiro central à disposição de Fernando Santos, uma vez que Danilo já não está integrado no estágio, tendo regressado ao PSG para prosseguir com a recuperação da lesão, assim como Nuno Mendes.
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