Educador do PSG vai ser julgado por aliciamento de menores para fins sexuais
Um homem de 27 anos foi suspenso e posteriormente demitido pelo clube na sequência de várias denúncias de comportamento inapropriado junto de menores. Colocado sob controlo judicial enquanto espera por julgamento, já foi registado como delinquente sexual
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Um antigo educador do PSG foi colocado na segunda-feira sob custódia policial e marcou presença no Tribunal de Versalhes para responder a acusações de aliciamento de menores para fins sexuais, declarando-se parcialmente culpado.
De acordo com a rádio francesa RMC Sport, o homem de 27 anos, que foi contratado há cerca de um ano e exercia um cargo de professor no centro de formação do clube francês, foi alvo de várias denúncias de comportamentos inapropriados junto de menores com idades entre 14 e 16 anos, que levaram primeiro à sua suspensão e depois à sua demissão.
Entre essas denúncias incluem-se relatos de menores a acusar o educador de lhes querer “dar um beijo no pescoço”, pedir fotografias dos pés e convites para lhes massajar, beijar ou lamber zonas do corpo. Um adolescente também denunciou que o professor, numa ocasião, tentou colocar as mãos dentro das suas calças de fato de treino.
Para além disso, vários jovens referiram que o educador os questionava várias vezes sobre a sua vida sexual, chegando mesmo a pedir a um deles que fizesse um vídeo desse caráter com a namorada. No total, foram seis os jovens jogadores que denunciaram este tipo de comportamentos, tendo os pais de um deles apresentado queixa nas autoridades.
Presente perante um juiz na segunda-feira, o professor admitiu parcialmente as acusações de que foi alvo, negando no entanto ter beijado o pescoço de um dos denunciantes. Após ter sido interrogado, o acusado foi colocado sob controlo judicial, aguardando agora julgamento pelo crime de “corrupção de menores com mais de 15 anos”, que deverá ocorrer a 31 de janeiro de 2025.
É de referir que esta não foi a primeira vez que o homem foi acusado deste tipo de crimes, tendo sido condenado pelo tribunal de Bobigny em maio deste ano, vários meses depois da sua contratação pelo PSG, por infrações semelhantes, na sequência de denúncias que remontam a 2021.
Na altura, foi condenado a uma pena de prisão suspensa de seis meses, tendo sido inscrito na base de dados de agressores sexuais do país e proibido de trabalhar com menores.
Contactado pela fonte, o PSG frisou que “tomou imediatamente todas as medidas necessárias” mal se inteirou das denúncias contra o educador: “O professor temporário foi demitido e as autoridades competentes foram alertadas sem demora, assumindo imediatamente o caso. A proteção da integridade dos nossos atletas sempre foi e continua a ser uma prioridade absoluta”.