Susana Torres, "mental coach" que ajudou Éder, revelou que o avançado vai contar a história que o conduziu ao sucesso, num livro a publicar já no próximo mês
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Ainda a viver os efeitos dos festejos pela conquista do campeonato da Europa, Éder ainda não parou de dar que falar e esta terça-feira, Susana Torres, "mental coach" que ajudou o avançado a ultrapassar os seus medos, revelou que o internacional português vai lançar um livro no próximo mês.
"Éder é a prova viva de que o "coaching" e o trabalho de alta performance mudam a carreira de um jogador de futebol", comentou Susana Torres à Rádio Renascença. "Conheço o Éder e sei o trabalho que nós fazemos. A intenção dele era a de entrar e de marcar. Sabia que isto ia acontecer porque é um rapaz extremamente focado", acrescentou ainda a propósito do golo que marcou na final.
Na edição de esta terça-feira, a O JOGO, Susana Torres conta que foi ideia dele comprar a luva branca com que festejou o golo à França. "Na altura, confesso que até fiquei surpreendida com a forma como ele usou a luva branca para festejar, mas compreendo muito bem o simbolismo", comentou.
A inclusão de Éder na lista dos 23 para França foi das mais polémicas. "Estar no Europeu foi um objetivo que Éder traçou de uma forma clara. Era aquilo que mais queria e tomou uma série de decisões que lhe permitiram chegar lá", explicou ainda Susana Torres. "Quando o Swansea mudou de treinador, ele percebeu que precisava de encontrar uma solução que lhe permitisse jogar com mais frequência. O Lille foi o clube que lhe proporcionou a oportunidade de jogar e ele chegou lá com dois objetivos muito claramente definidos: em primeiro lugar, fazer a diferença, o que conseguiu ao levar o clube do 15º posto em que o encontrou para o 5º em que terminou a temporada; em segundo lugar, merecer a confiança do selecionador nacional para o Europeu. Como todos sabemos, atingiu os os dois".
Mas Éder foi mais longe, se considerarmos que marcou um golo histórico na final. "Ele tem feito um trabalho fantástico em termos de treino de eficácia, que tem tido resultados ao longo do último ano e meio. Isso foi mais percetível no Lille, mas apenas porque ele teve a oportunidade de jogar. No Swansea, a qualidade já existia, mas as oportunidades mão surgiram. Por isso foi não foi uma surpresa: eu sabia que, dali, a bola ia parar à baliza. A única dúvida era saber se o Lloris lhe conseguia chegar. Foi o golo de uma vida", contou ainda Susana Torres numa entrevista a O JOGO, desta terça-feira.