"É possível terminar os campeonatos, mas talvez sem espectadores nas bancadas"
Presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, acredita que a época 2019/20 será concluída desde que as autoridades de saúde o permitam. Jogar à porta fechada é uma possibilidade que será muito mais benéfica do que dar a temporada como terminada.
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Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, voltou a falar sobre o impacto da pandemia no futebol e as consequências que esta trará na calendarização dos campeonatos. O dirigente acredita que as épocas poderão ser terminadas e que 2020/2021 se iniciará em setembro próximo.
"Sou otimista e penso que há possibilidades para reiniciar e terminar os campeonatos. Talvez tenha de ser sem espectadores nas bancadas, mas o importante é que se possa jogar. O impacto de não jogar seria terrível para os clubes e para as ligas. Acho que podemos terminar, mas respeitando as decisões das autoridades de saúde", referiu em entrevista ao Corriere della Serra, onde afirma que ainda não há prazo definido para que se disputem as finais da Liga dos Campeões e Liga Europa, visto que tudo vai depender de quando começam os campeonatos locais.
Ceferin afirma também que não há "um prazo específico" para o término da temporada, mas que várias opções estão a ser analisadas. No entanto, explica que gostaria de ver 2020/21 começar em setembro, pois jogar a época em curso durante os meses de setembro e outubro teria "um forte impacto no calendário" da temporada seguinte.
O líder do organismo que tutela o futebol europeu diz que "as ligas são a base de receitas dos clubes a nível nacional e, se forem concluídas, as consequências financeiras serão limitadas." Já a UEFA, por outro lado, "vai perder muito dinheiro por adiar o Euro'2020".
O atraso na conclusão das competições tem ainda outro problema: o fim de contrato de alguns jogadores que deixariam de ser elegíveis para acabar 2020/21 na mesma equipa. Sobre essa questão, Ceferin diz que é preciso dar mais "mais flexibilidade aos clubes e aos jogadores" e que "alargar o mercado de transferências é uma boa opção".
A fechar, o presidente da UEFA reitera que tenta evitar o receio do que a pandemia pode trazer e revela que o que o pode deixar preocupado é a possibilidade do futebol perder "unidade e solidariedade".
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