O treinador anunciou em janeiro que iria deixar o comando "blaugrana" no final da época, mas mudou de ideias
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Joan Laporta e Xavi compareceram esta quarta-feira numa conferência de imprensa conjunta para explicar o que motivou a mudança de ideias do treinador, que afinal vai cumprir o ano que lhe resta de contrato no Barcelona, até 2025, apesar ter anunciado em janeiro que deixaria o clube no final da época.
O primeiro a tomar a palavra foi presidente catalão, com Laporta a sublinhar que o clube nunca perdeu a confiança nas capacidades do técnico espanhol e sempre tentou demovê-lo da sua decisão inicial.
“A direção e os adeptos têm uma confiança plena em Xavi. Manter a estabilidade de um projeto é bom, começámos praticamente no ano passado e já ganhámos uma Liga e uma Supertaça de Espanha. A Liga foi histórica, num momento de máxima dificuldade. Quando Xavi chegou, assumiu logo essa grande responsabilidade. [Atualmente] A Liga está praticamente impossível de ganhar, devido aos pontos e também por algumas decisões em alguns jogos. Mas os ‘barcelonistas’ acreditam no Barça e acreditam que este projeto vale a pena. Para o clube, é um orgulho ter um treinador com a qualidade humana e os conhecimentos de Xavi”, salientou.
Quanto ao treinador, Xavi referiu que uma “mudança de circunstâncias” em torno da equipa fez que com voltasse a acreditar na importância da sua presença para o sucesso do projeto que se propôs a liderar quando assumiu as rédeas “blaugranas”, em novembro de 2021.
"No mês de janeiro, pensei que o melhor era uma mudança de rumo, mas a dinâmica mudou e após reunir-me com o presidente, pensando no bem dos sócios e do clube, decidimos continuar. Vamos trabalhar com toda a ambição do mundo e estamos muito contentes. Não foi uma decisão simples nem fácil. Acreditava que o melhor para o clube seria ir embora, mas as circunstâncias mudaram e agora penso que o melhor para o Barça é eu continuar. O projeto não está acabado e acredito que pode ser ganhador, ainda que o tenha sido desde o início”, apontou.
“Em três meses, vi os jogadores, o staff... Falei com todos e acredito no que dizem. Retificar é algo sábio e não tenho qualquer problema [em fazê-lo], nunca foi uma questão de dinheiro ou ego. Tenho energia e vontade, vejo os adeptos contentes e não é fácil. Foi um coquetel de coisas que me fez mudar tomar esta decisão, sobretudo a confiança do presidente e de Deco [diretor desportivo]. Se pensasse que não era a pessoa indicada [para o cargo], não teria problema [em sair]”, completou.