"É importante ter a porta aberta na Seleção, ter espaço para novas escolhas"

Toti Gomes
Gerardo Santos / Global Imagens
Entrevista de Roberto Martínez, selecionador de Portugal, ao Canal 11
O que procurava nas substituições? "Quando estamos no estágio, temos um período muito curto, com dois/ três treinos, é importante ver o nível do jogador e o seu momento, e depois o que o jogo precisa. Não é uma boa solução ter substituições preparadas... e acharmos que um ponta de lança vai jogar 60 minutos e outro ponta de lança meia hora. Não é o que o jogo precisa. Contra a Islândia o nosso espaço estava na linha do meio-campo, mais defensiva, a Islândia jogou num bloco baixo e nós precisávamos de frescura e clareza, que Gonçalo Inácio ou um jogador como Vitinha, ou como Otávio podiam dar. É uma forma de trabalhar muito diferente do que num clube, num clube jogar três/quatro minutos é uma situação difícil, mas para uma seleção é um orgulho, é uma recompensa. Estar no relvado pela seleção tem um significado muito importante. Significa que está na lista de convocados, significa que tem um trabalho no treino para que a equipa esteja num nível para ganhar o jogo. Jogar um minuto na seleção não valoriza no momento, mas no futuro é um momento único jogar na seleção. Não é um jogar um minuto ou 90, é estar, é jogar, é participar. Eu gostaria de dar a todos os jogadores da lista de selecionados a oportunidade de estar no relvado, mas não é possível. Não são os minutos que estão no relvado, é uma recompensa, é o significado, orgulho e momento único."
E os que entraram tiveram influência no jogo... "Há diferentes substituições...há as substituições que precisamos e outras para que os jogadores tenham a oportunidade de participar no jogo e ser parte da memória da carreira do jogador."
Tem um grande leque de jogadores observados, todos têm a porta aberta? "Eu acho que é importante ter a porta aberta, para o sonho de um jogador português jogar pela seleção. Mas, agora, trabalhamos com um grupo mais reduzido, porque precisamos de melhorar, de ter dinâmicas que com os jogos melhoram. Mas acompanhamos os jogadores que podem jogar pela seleção e ter espaço para novas escolhas é sempre importante."
Subir no ranking é difícil? "É. Não temos o objetivo de subir no ranking, o ranking é uma consequência de ter uma equipa consistente, que ganha de forma consistente, que têm jogadores com um compromisso elevado e ganhar dá uma posição melhor no ranking mundial. Isso é a consequência. Não podemos subir sem melhorar na forma do jogo e ganhar de uma forma consistente."
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