"Duvidava que Jesus controlasse jogadores apaixonados por uma cidade cheia de armadilhas e pecados"
ENTREVISTA O JOGO - Juca Kfouri elogia Jorge Jesus e Jorge Sampaoli por terem construído um legado de "exigência de espetáculo" junto dos adeptos. Personalidade da dupla veio, diz, "incomodar a mediocridade" que reinava
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O jornalista e escritor, Juca Kfouri, considera que o campeonato conquistado por Jorge Jesus e o atual segundo lugar de Jorge Sampaoli está longe de ser uma coincidência e admite que os restantes clubes vão "imitar" Flamengo e Santos para tentar dar o salto a nível qualitativo.
Como encara o ataque cerrado dos treinadores brasileiros a Jorge Jesus?
É fruto de arrogância, ciúmes - e ciúmes de um homem são terríveis - de uma certa xenofobia e de falta de educação. Não podemos receber mal quem vem de fora. Tanto o Jesus como o Sampaoli têm uma personalidade forte. São personagens que se impõem e que não são políticos. Isso acaba por incomodar a mediocridade. O técnico brasileiro não tem no exterior um décimo do prestígio do nosso jogador. Isso tudo acaba criando o "mix" de rejeição. Contudo, o Jesus quebrou isso porque está a dar maravilhosamente certo.
O sucesso dos dois técnicos no Brasileirão vai obrigar os outros clubes a procurar algo diferente para a próxima temporada?
Acho que sim. Certamente esse será o maior legado de Jesus e Sampaoli. Os adeptos querem ver futebol e estão a dar sinais que estão cansados de jogar pelo resultado. Eles querem desempenho e aquilo que o futebol tem de melhor, que é o espetáculo. Não aceitam mais a discussão falsa sobre o que é melhor: ganhar a jogar mal ou perder a jogar bonito. Querem é ganhar a jogar bonito.
ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO E-PAPER E IMPRESSA DESTE DOMINGO
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