Dunkerque, de Luís Castro, é destaque no L'Équipe e apenas batido pelo Barcelona
Após um início de época hesitante, com duas derrotas, o Dunkerque recuperou e alcançou posições de topo na tabela
Corpo do artigo
O Dunkerque, orientado pelo treinador português Luís Castro, tem sido uma das surpresas da Ligue 2. Após garantir a permanência na época passada, a equipa segue agora num confortável terceiro lugar, somando cinco vitórias e um empate nos últimos seis jogos.
A coesão defensiva tem sido um dos pilares deste sucesso e segundo uma análise do jornal francês L'Équipe, o Dunkerque destaca-se na Europa por ser uma das equipas que mais vezes coloca os adversários em fora-de-jogo, apenas atrás do Barcelona. Nos primeiros oito jogos da temporada, o conjunto francês registou uma média de 6,75 foras-de-jogo por partida, enquanto os catalães têm uma média ligeiramente superior, de 6,81.
Luís Castro explica que esta abordagem defensiva é fruto de um trabalho intenso desde a pré-época. "Desde a pré-temporada, trabalhámos para criar uma linha defensiva alta e coordenada, que consiga limitar os espaços aos adversários. O fora-de-jogo é uma arma, mas precisa de muita precisão e sintonia entre os jogadores", afirmou o técnico, que dedica um treino semanal exclusivamente para ajustar esta coordenação.
A reformulação da defesa no verão passado foi fundamental para implementar esta estratégia. Entre as novas aquisições estão o guarda-redes Ewen Jaouen, de 18 anos, cedido pelo Reims, e o experiente defesa Vincent Sasso, ex-Boavista. Sasso, inicialmente surpreendido pela ideia de manter uma linha defensiva tão subida, reconhece que a abordagem exigiu adaptação. "Sabíamos que enfrentaríamos adversários rápidos, o que nos deixou reticentes ao início. Mas, aos poucos, fomos ajustando e entendendo a visão do treinador", comentou.
Após um início de época hesitante, com duas derrotas, o Dunkerque recuperou e alcançou posições de topo na tabela, mantendo-se competitivo apesar de ser um dos clubes com menor orçamento da Ligue 2.