Neerlandês de 37 anos revela que foi vítima de insultos racistas e comenta saída de Madrid
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No podcast The Wild Project, Royston Drenthe recordou um episódio onde alega ter sido vítima de racismo, acusando Lionel Messi. O episódio terá acontecido quando ainda era jogador do Real Madrid mas estava emprestado ao Hércules, na época 2010/11.
O jogo, que aconteceu no dia 11 de setembro de 2010, acabou com a vitória do Hércules por 2-0 no Camp Nou: “Numa partida contra o Barça, Messi chamou-me preto de m.... e disse-me que isso era uma coisa normal de se dizer entre os jogadores argentinos. Disse que costumavam chamar isso ao Garay e que ele não se importava, mas deviam perceber que, para alguém como eu, era diferente. Uma coisa é serem os meus amigos a dizerem na brincadeira, outra é isso ser dito por um rival”, afirma o ex-futebolista.
O internacional neerlandês comentou o racismo que ainda se vive no futebol espanhol: “Eu não vivi isso, mas é algo que continua a haver muito em Espanha. Eu nasci nos Países baixos e não sofri racismo, mas é algo que me preocupa muito a mim e à minha filha.”
Royston abordou ainda a sua relação conturbada com José Mourinho, que o levou a sair do emblema merengue: “Na pré-época em Los Angeles [em 2007], eu e o Marcelo éramos os laterais-esquerdos. Depois o Marcelo lesionou-se, joguei eu e tudo correu bem. Mas a seguir foram buscar o Coentrão não sei porquê. O Mourinho ainda me disse que estava a treinar bem e que ia ficar, mas depois o Valdano veio falar comigo e disse que ia embora. O mister não teve coragem para me dizer isso na cara e respondeu que não era nada com ele.”