"Dos meus jogadores infetados, três tinham problemas pulmonares e um tinha problemas cardíacos"

Luís Castro, treinador português do Shakhtar Donetsk
Luís Castro, treinador português do Shakhtar Donetsk, alertou para os perigos da covid-19 e salientou algumas atitudes que lhe causam "estranheza".
O Shakhtar Donetsk, de Luís Castro, recebe esta terça-feira um adversário motivado. É que, entre Liga alemã e Champions, o Borussia Monchengladbach já não perde há oito jogos, contando-se entre os opositores alguns nomes de peso como Inter, Real Madrid ou Leipzig, derrotado no último sábado por 1-0.
Mas Luís Castro tem um "currículo" em tudo semelhante e, apesar das diferenças entre Liga ucraniana e alemã, também já não perde há nove partidas. Na antevisão, assinalou que vai preocupar-se em ver a sua equipa a defender bem, o que abarca o jogo... sem bola.
"Nos jogos da Champions, não podemos esquecer a defesa. É importante sermos eficazes, tanto ofensivamente, quanto defensivamente. Essa é a chave do sucesso. O equilíbrio e o jogo sem bola são muito importantes", disse Castro, mostrando-se depois exasperado com a leveza com que no seu país a população em geral tem lidado com a covid-19:
"As pessoas não respeitam o coronavírus. Ao ter dez jogadores do Shakhtar infetados [na jornada anterior], penso no vírus. Ele anda aí, ao nosso lado. É estranho ver autocarros lotados e as pessoas a andar sem máscara. (...) Olho para os meus dez jogadores infetados e três tinham problemas pulmonares e um tinha problemas cardíacos. Foi nesse momento que percebi o que se está a passar no mundo. Até aí estava a relativizar. São jogadores com vinte e poucos anos. Quando é ao nosso lado ficamos mais sensíveis", asseverou Luís Castro.
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