Selecionador do Brasil reforçou a sua crença de que deveria ter sido Vinícius Júnior e não Rodri a vencer o prémio de melhor futebolista do mundo em 2024
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Dorival Júnior, selecionador do Brasil, revelou que irá repetir praticamente o onze titular que lançou na vitória diante do Peru (4-0), na última pausa internacional, no jogo da noite desta quinta-feira (23h30) na Venezuela, também a contar para a qualificação sul-americana para o Mundial’2026.
Em conferência de imprensa, o selecionador explicou que essa decisão se deve ao facto de ter tido apenas dois dias para treinar com todo o plantel canarinho, sendo a única alteração o regresso de Vinícius Júnior para o lugar do lesionado Rodrygo, seu colega no Real Madrid.
Assim sendo, a equipa do Brasil que iniciará o jogo com a Venezuela será: Ederson; Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner; Bruno Guimarães, Gerson e Raphinha; Vinícius Júnior, Savinho e Igor Jesus.
"Já tinha a ideia da repetição. Não tive dúvidas em momento algum. Eu conto com todos eles, são jogadores de muito bom nível, que merecem respeito e terão oportunidades", apontou.
Na antevisão a essa partida, referente à 11.ª jornada do apuramento para o Mundial, Dorival também descartou qualquer facilitismo diante da Venezuela, que está invicta em casa desde 2022.
“É um campo que tem feito com que eles criem um ambiente muito favorável em torno da sua seleção. Mas, independentemente disso, o futebol venezuelano tem crescendo. É um trabalho muito sério que tem acontecido, com grandes jogadores espalhados pelo mundo. Estão invictos lá dentro com duas vitórias e três empates, incluindo Argentina e Uruguai. Esqueçam jogos fáceis com a Bolívia e Venezuela há até pouco tempo. A ordem do futebol mundial está a mudar, mas acreditamos num grande jogo. Existe uma confiança muito grande por aquilo que a gente pode ver nos treinos, e espero que possamos repeti-lo em campo”, afirmou.
De resto, após ser questionado novamente sobre a “derrota” de Vinícius Júnior na corrida à Bola de Ouro de 2024, Dorival reiterou a sua crença de que deveria ter sido o extremo brasileiro e não Rodri a vencer o prémio de melhor futebolista do mundo.
“Sinceramente, o Rodri tem os seus méritos para a ter conquistado. É um grande jogador. Mas para mim, houve um equívoco de quem avaliou. Se é um prémio individual, o melhor jogador nesta última temporada foi o Vini. O maior prémio foi ele ter adquirido o maior respeito do povo brasileiro. Todos nós entendemos que ele, por tudo o que realizou, foi o jogador mais letal. Era quem merecia. Acredito que continuará esse processo de busca. É um jogador que se reinventa a todo o momento, passou por várias situações na carreira e não perdeu esse desejo de ser protagonista. Talvez a grande conquista dele seja uma conquista coletiva que todos nós ajudaremos a conquistar daqui um tempo”, concluiu, num discurso otimista.
O Brasil segue na quarta posição da qualificação para o Mundial’2026 ao fim de dez jornadas, com os mesmos 16 pontos do Uruguai (terceiro). À sua frente está a Colômbia (19) e a Argentina (22) e atrás surgem o Equador (13), Paraguai (13), Bolívia (12, ocupa a última posição de apuramento), Venezuela (11), Peru (seis) e Chile (cinco).