Dorival Júnior e o regresso de Neymar: "Não criemos uma expetativa altíssima"

Dorival Júnior, selecionador do Brasil, reagiu esta sexta-feira com entusiasmo ao regresso de Neymar às suas opções, cerca de um ano e meio depois da sua última internacionalização, em outubro de 2023, quando o extremo, de 33 anos, sofreu uma lesão grave diante do Uruguai. 

Apesar disso, em conferência de imprensa, Dorival avisou que não devem ser criadas demasiadas expetativas em relação ao jogador do Santos, lembrando que Neymar recuperou recentemente de um longo período afastado dos relvados. 

“Ninguém precisa de falar a respeito daquilo que representa o Neymar. O momento que ele vive é um processo de recuperação. Nós temos consciência disso, mas também entendemos que as capacidades e qualidades de um jogador como este acabam por ser uma condicionante para que ele possa superar qualquer situação que venha a acontecer dentro de uma partida. É um jogador sobre o qual os próprios atletas já expressaram publicamente o que representa no nosso grupo. Estávamos a aguardar, é a primeira oportunidade que o temos à disposição. Espero que ele seja muito feliz neste regresso e que possamos dar a segurança para que ele se possa desenvolver no seu melhor dentro do momento que vive”, começou por afirmar, virando o foco para os dois jogos que o Brasil terá diante da Colômbia (21 de março) e Argentina (26), relativos à qualificação para o Mundial’2026. 

“Não criemos uma expectativa altíssima, colocando toda a responsabilidade em cima deste retorno e que tenhamos equilíbrio e regularidade nestas duas partidas, que serão muito difíceis, mas também para os nossos adversários. Eles terão uma seleção brasileira muito bem preparada e em condições de fazer dois jogos importantíssimos neste momento e fundamentais para nossa classificação”, completou Dorival, evitando adiantar quantos minutos pretende utilizar Neymar nessas duas partidas. 

O Brasil segue na quinta posição do apuramento sul-americano para o Mundial’2026, com 18 pontos em 12 jornadas. À sua frente está a Colômbia (19), Equador (19), Uruguai (20) e a líder Argentina (25), enquanto o Paraguai (17) e Bolívia (13) ocupam por enquanto as restantes vagas de qualificação, tendo a Venezuela (12), Chile (9) e Peru (7) no seu alcance.