Selecionador brasileiro admitiu estar a viver um dos momentos mais complicados da sua carreira após ter sido goleado pela Argentina na qualificação para o Mundial'2026
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Após o Brasil ter sido goleado pela Argentina por 4-1, em Buenos Aires, num jogo a contar para a qualificação sul-americana para o Mundial’2026, Dorival Júnior admitiu estar pressionado no seu cargo como selecionador brasileiro.
Falando numa “derrota marcante”, o técnico de 62 anos, assumiu que a campeã do Mundo foi superior ao Brasil em todos os aspetos do jogo e lamentou a falta de “reação” da sua equipa aos golos sofridos.
“A pressão é sempre grande, eu tenho consciência de tudo o que representa, de tudo o que vinha a ser desenvolvido. É natural que tudo aquilo que nós programámos para a partida acabou por não acontecer. Eu tenho de reconhecer o que foi a partida, o jogo e o desenvolvimento da equipa adversária, que, com mérito, fez o resultado. Não tivemos nenhum sentido de reação mesmo após o 2-1. Para todos nós, é difícil explicar o resultado”, começou por dizer.
“A responsabilidade é sempre total, nunca vou deixar de estar à frente de qualquer condição enquanto estiver no comando de uma equipa ou de uma seleção. É natural que ninguém esperava o que nós vimos hoje, e a responsabilidade é toda minha. Tudo aquilo que nós planeámos, infelizmente, desde o primeiro minuto de jogo, não aconteceu. A seleção argentina foi superior em todos os sentidos. Peço até desculpas ao adepto brasileiro, porque a expectativa era muito diferente daquilo que nós vimos, daquilo que nós apresentámos. Foi uma noite muito complicada para todos nós”, reforçou.
Ainda assim, Dorival garantiu ter capacidade para recuperar deste momento negativo ao leme do “Escrete”, que irá fechar a qualificação para o Mundial com jogos com o Equador e o Paraguai, em julho, e com o Chile e a Bolívia, em setembro.
“É uma derrota marcante, tenho de reconhecê-lo. Sei o tamanho, mas acredito muito no meu trabalho e no desenvolvimento de tudo isto. É um processo complicado, difícil, mas não tenho dúvidas de afirmar que encontraremos o caminho. Em todos meus os anos e vivência no futebol, talvez seja o momento mais delicado, mas nunca desisto e sempre consegui caminhos importantes nos clubes que dirigi”, vincou.
O Brasil segue na quarta posição do apuramento sul-americano para o Mundial’2026 (seis vagas diretas, uma via play-off), com os mesmos 21 pontos do Uruguai (terceiro) e Paraguai (quinto), tendo à sua frente o Equador (23) e a líder Argentina (31), que já está qualificada para o torneio.