Diretor da Seleção Nacional realça a união do grupo e projeta uma grande participação no Mundial’2026
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O antigo futebolista e treinador mostra-se motivado para ajudar o futebol português a continuar a sua evolução e fala do projeto e das novas ideias entretanto colocadas em prática na Federação Portuguesa de Futebol.
Como tem corrido a experiencia nas novas funções. Como lhe fica o fato de dirigente?
-Não há duas sem três. Depois de ter sido jogador e treinador, e treinador serei toda a vida, sou agora dirigente, depois da primeira experiência na Associação de Treinadores. É uma missão nova, diferente mas, ao mesmo tempo, bastante aliciante, porque é querer fazer parte de uma mudança no futebol português, para melhor. Foi este o desafio que me foi lançado por Pedro Proença. É um investimento da minha parte, porque estar na FPF é um orgulho imenso, como imensa é a responsabilidade. Todos sabemos o que as Seleções Nacionais representam para o País e a nossa missão é extraordinariamente gratificante.
Que papel desempenha, em concreto, no dia a dia e na ligação da Direção com a Seleção Nacional?
-Sempre pensei estar ligado à Seleção principal. Tinha sido jogador e nunca escondi que gostaria de voltar a estar envolvido. Na fase inicial, assumi a pasta de Diretor Técnico, até por ter o curso UEFA Pro, podendo participar no arranque de uma nova era. No entanto, o presidente e eu entendemos que, nesta altura, seria mais importante estar próximo da Seleção A, porque aproximam-se competições em que temos objetivos grandes, com o desejo de fazermos de Portugal, um dia, campeão do Mundo.
Portugal acaba de ganhar a Liga das Nações. É um peso grande para os jogadores e equipa técnica apontar a Seleção como favorita no Mundial?
-Quando vamos a uma final four e ganhámos a seleções do nível de Alemanha e Espanha, duas das melhores equipas do Mundo, só pode existir a ambição de fazer de Portugal campeão do Mundo. Sabemos que é muito difícil, mas estamos determinados a consegui-lo.
Como vê o espírito da Seleção? Algum aspeto que o tenha surpreendido?
-O espírito é muito bom, temos um grupo bastante unido. Ter experiência de treinador permite perceber esses aspetos e nota-se, claramente, que Portugal tem jogadores com bom espírito que formam um grande grupo. Isso reflete-se em campo e é uma base fundamental para o sucesso.
Como vê o trabalho de Roberto Martínez?
-É uma pessoa com personalidade muito bem vincada, um gentleman na forma como lidera, gere o grupo e organiza o seu trabalho. Nada temos a apontar, pelo contrário. Não digo que tem sido uma agradável surpresa porque já via nele essas características, mas agora que estou próximo posso afirmá-lo com convicção. É um treinador que se prepara muito bem para tudo.